O índice acumula alta de 20,95% em 12 meses
O Índice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,60% em outubro, após queda
de 0,55%, no mês anterior. O indicador acumula alta de 16,96% no ano e de
20,95% em 12 meses.
No mesmo mês do ano passado, o
índice apresentou alta de 3,68% e acumulava elevação de 22,12% em 12 meses. Os
dados foram divulgados nesta segunda-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O IGP-DI é a média dos índices
de preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e de custo da construção civil
(INCC). Segundo o instituto, o indicador revela as fontes de pressão
inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes
para os três grupos.
De acordo com o coordenador
dos Índices de Preços, André Braz, a inflação ao produtor acelerou em seus três
estágios de processamento. “Os avanços registrados nos preços do minério de
ferro (-22,11% para 4,29%), do óleo Diesel (0,60% para 10,24%) e da gasolina
(1,20% para 6,62%) foram os grandes destaques em cada um dos três grandes
grupos do IPA”.
IPA
Também em outubro, o Índice de
Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou elevação de 1,90%, o que representa
mudança em relação a setembro, quando houve queda de 1,17%.
A taxa do grupo bens finais
subiu de 1,26% em setembro para 1,47% nesse mês. Neste caso, segundo o Ibre, o
principal responsável pela elevação foram os combustíveis para o consumo, cuja
taxa saiu de 1,47% para 5,78%. Já o índice de bens finais, que resulta da
exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo,
avançou 0,99% em outubro, no mês de setembro o índice subiu 1,15%.
O grupo bens intermediários
teve alta significativa, subiu de 1,91% em setembro para 3,47% em outubro. O
avanço de 1,87% para 9,39% no subgrupo combustíveis e lubrificantes para a
produção pesou no resultado. O índice de bens intermediários, calculado após a
exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, também subiu em
outubro. A taxa ficou em 2,57%, enquanto no mês anterior foi 1,91%.
As matérias-primas brutas
foram outro segmento que teve variação relevante. Em setembro, teve queda de
5,75%, mas em outubro subiu 0,75%. Contribuíram para este resultado os
movimentos do minério de ferro (-22,11% para 4,29%), cana-de-açúcar (1,45% para
3,59%) e café em grão (7,83% para 11,95%). Em contrapartida houve quedas nas
taxas dos bovinos (-2,69% para -7,71%), da mandioca/aipim (6,71% para 2,90%) e
das aves (1,72% para 0,37%).
IPC
O Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) subiu 0,77%, em outubro. O percentual é menor que o do mês
anterior, quando teve alta de 1,43%. De acordo com o Ibre, cinco das oito
classes de despesas componentes do índice apresentaram recuo nas suas taxas de
variação: habitação (2,59% para 0,37%), educação, leitura e recreação (2,90%
para 1,57%), alimentação (1,09% para 0,88%), transportes (1,50% para 1,31%) e
despesas diversas (0,30% para 0,28%). Nestas classes de despesas, chamou
atenção o comportamento da tarifa de eletricidade residencial que saiu de 8,52%
para 0,06%, da passagem aérea de 22,70% para 9,97%, das frutas de 4,94% para
0,46%, da gasolina de 3,38% para 2,73% e dos serviços bancários de 0,27% para
0,05%.
Outros grupos tiveram alta
como vestuário (0,28% para 0,81%), saúde e cuidados pessoais (0,14% para 0,25%)
e comunicação (0,39% para 0,44%). Contribuíram para o aumento os avanços nos
calçados de 0,37% para 1,32%, nos artigos de higiene e cuidado pessoal, que
saíram de queda de 0,01% para elevação de 0,56% e da tarifa de telefone
residencial, de 0,38% para 5,07%.
O núcleo do IPC registrou taxa
de 0,44% em outubro, um pequeno recuo na comparação com o mês anterior, quando
registrou taxa de 0,46%. “Dos 85 itens componentes do IPC, 28 foram excluídos
do cálculo do núcleo. Destes, 17 apresentaram taxas abaixo de 0,08%, linha de
corte inferior, e 11 registraram variações acima de 1,26%, linha de corte
superior”, informou o FGV.
O índice de difusão do IPC,
que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 71,94%. O
percentual representa 6,46 pontos percentuais acima do verificado em setembro,
quando o índice atingiu 65,48%.
INCC
A alta do Índice Nacional de
Custo da Construção (INCC) ficou em 0,86%. No mês de setembro a taxa foi 0,51%.
Na passagem do mês anterior para outubro, os três grupos componentes do
indicador mostraram variações. Os materiais e equipamentos saíram de 0,71% para
1,92%, serviços de 0,35% para 0,47% e a mão de obra de 0,37% para estabilidade.
Fonte: Agência Brasil –
Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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