Radio Evangélica

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

IDENTIDADE SEXUAL?

Se um sujeito jura que é um boi-zebu nascido com forma humana por um equívoco da natureza, não se deve, é claro, proibi-lo de mugir, mas não é preciso levar a gentileza ao ponto de fazer uma lei que obrigue todo mundo a enxergar-lhe os chifres e a corcova.
Se um "transgênero" tem o direito ao tratamento de "senhorita" ou "senhora", ele conserva esse direito mesmo quando se vista de homem e fale grosso?
Se a identidade sexual é de livre escolha, essa escolha impõe a obrigatoriedade de comportar-se permanentemente de acordo com o gênero escolhido, ou admite algum vaivém? Por exemplo, o sujeito que escolhe ser mulher perde o direito de gabar-se do tamanho do seu pinto?
Se a identidade sexual é de livre escolha, ela não pode ao mesmo tempo ser uma condição metafísica anterior à diferenciação sexual intra-uterina; e, neste caso, não existe "mulher nascida com corpo de homem".
Quando eu era pequeno, estava muito insatisfeito com o meu corpo, porque o desgraçado doía o tempo todo. Isso me dava o direito de ser outra pessoa? Naquele tempo usavam cataplasmas de mostarda, no peito e nas costas, de modo que eu tinha todas as razões do mundo para acreditar que era um cachorro-quente.
Estou só tentando compreender um fenômeno, mas hoje em dia isso é imoral.



Olavo de Carvalho

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