Opa!
Então
o ministro da Justiça, José Eduardo Cadozo, o Garboso, resolveu sair do berço
esplêndido e rumar para o Maranhão para acompanhar mais de perto a crise de
segurança pública no estado?! Já não era sem tempo.
Cheguei
a pensar que ele estivesse achando que ainda não havia cadáveres o suficiente,
não em número compatível ao menos com a sua augusta presença. Não custa lembrar
que existe um sistema penitenciário nacional e que seu gerenciamento está a
cargo do ministro da… Justiça.
Sim,
sou obrigado a lembrar. Quando houve um período de recrudescimento da violência
em São Paulo, e este senhor ainda era considerado um pré-candidato ao governo
de São Paulo, ele concedia uma média de uma entrevista a cada dois dias
atacando a gestão da área no estado.
Não
perdeu a oportunidade de criticar a Polícia Militar de São Paulo durante a
desocupação do Pinheirinho e da cracolândia e nas jornadas de protesto de
junho. Sobre o Maranhão, o homem é de um silêncio realmente eloquente.
Por
que só agora? 2013 terminou com 59 mortes no Complexo de Pedrinhas — nada que o
mobilizasse. Foi preciso que a imprensa tornasse públicas as cenas de barbárie
absoluta para que o Garboso se mexesse.
Lá
vai ele. Mas em obsequioso silêncio, contrariando a sua vocação buliçosa quando
se trata de alvejar o governo de São Paulo, por exemplo. Não quer melindrar
José Sarney, o imperador do Maranhão.
Por
Reinaldo Azevedo
Tags: José Eduardo Cardozo, Maranhão
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