Radio Evangélica

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"O casamento acabou. Agora falta arrumar as malas", diz líder do PT no Rio após ruptura com Cabral

O presidente regional do PT no Rio de Janeiro,  Washington Quaqua, acertou nesta segunda-feira (27), após reunião com o governador Sérgio Cabral, o fim da aliança entre PT e PMDB na administração estadual, e a exoneração imediata dos secretários Carlos Minc (Meio Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos).
Por ordem da direção regional do partido, cerca de 350 petistas que ocupam outros cargos no Executivo também devem pedir demissão. O motivo da ruptura é a pré-candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao governo do Estado na eleição deste ano. O PMDB tentará eleger o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão. "O casamento acabou. Agora só falta arrumar as malas", disse Quaqua, que é prefeito da cidade de Maricá.
"A reunião hoje foi muito mais de cortesia. Ela serviu para mostrar que manteremos uma relação de diálogo. O PMDB é um aliado nacional, e é importante que se mantenha. Mas, no Rio, teremos duas candidaturas ao governo do Estado, uma do PT e outra do PMDB. A nossa saída é a efetivação disso. A saída está consolidada. Os dois secretários vão ser exonerados imediatamente", completou.
Quaqua disse ainda ter convocado uma reunião interna, nesta segunda, às 17h, para formalizar junto aos correligionários a retirada da administração estadual. "A determinação da direção do partido é que seja feita a exoneração imediata. Em todos os escalões, ou seja, todos os petistas devem sair do governo. (...) Se houver descumprimento, há sanções regimentais. A decisão do partido é para ser cumprida por todos", declarou.
Quaqua afirmou não estar receoso quanto ao futuro político dos petistas que possuem cargos no Executivo fluminense: "O pessoal vai se alocar no mercado. Tem alguns que são deputados e vão acabar tirando vaga de alguns. Mas as eleições estão aí e vai todo mundo se organizar. Muitos ou são candidatos ou estão apoiando alguém".
O presidente regional do PT afirmou também que a ruptura no âmbito estadual não vai atrapalhar a aliança nacional, e que o governador Sérgio Cabral fará parte da "sustentação da campanha da presidente Dilma no Rio", apesar do embate entre Pezão e Lindbergh.
"Dilma tem quatro candidaturas no Rio [além de Pezão e Lindbergh, os pré-candidatos Anthony Garotinho e Marcelo Crivella também apoiam Dilma Rousseff]. Nós teremos o nosso palanque. Quanto mais palanque para a presidente, melhor para a eleição dela", declarou.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica

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