O presidente regional do PT no Rio de Janeiro,
Washington Quaqua, acertou nesta segunda-feira (27), após reunião com o
governador Sérgio Cabral, o fim da aliança entre PT e PMDB na administração
estadual, e a exoneração imediata dos secretários Carlos Minc (Meio Ambiente) e
Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos).
Por ordem da direção regional do partido, cerca de 350
petistas que ocupam outros cargos no Executivo também devem pedir demissão. O
motivo da ruptura é a pré-candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao
governo do Estado na eleição deste ano. O PMDB tentará eleger o atual
vice-governador, Luiz Fernando Pezão. "O casamento acabou. Agora só falta
arrumar as malas", disse Quaqua, que é prefeito da cidade de Maricá.
"A reunião hoje foi
muito mais de cortesia. Ela serviu para mostrar que manteremos uma relação de
diálogo. O PMDB é um aliado nacional, e é importante que se mantenha. Mas, no
Rio, teremos duas candidaturas ao governo do Estado, uma do PT e outra do PMDB.
A nossa saída é a efetivação disso. A saída está consolidada. Os dois
secretários vão ser exonerados imediatamente", completou.
Quaqua disse ainda ter
convocado uma reunião interna, nesta segunda, às 17h, para formalizar junto aos
correligionários a retirada da administração estadual. "A determinação da
direção do partido é que seja feita a exoneração imediata. Em todos os
escalões, ou seja, todos os petistas devem sair do governo. (...) Se houver
descumprimento, há sanções regimentais. A decisão do partido é para ser
cumprida por todos", declarou.
Quaqua afirmou não estar
receoso quanto ao futuro político dos petistas que possuem cargos no Executivo
fluminense: "O pessoal vai se alocar no mercado. Tem alguns que são
deputados e vão acabar tirando vaga de alguns. Mas as eleições estão aí e vai
todo mundo se organizar. Muitos ou são candidatos ou estão apoiando
alguém".
O presidente regional do
PT afirmou também que a ruptura no âmbito estadual não vai atrapalhar a aliança
nacional, e que o governador Sérgio Cabral fará parte da "sustentação da
campanha da presidente Dilma no Rio", apesar do embate entre Pezão e
Lindbergh.
"Dilma tem quatro
candidaturas no Rio [além de Pezão e Lindbergh, os pré-candidatos Anthony
Garotinho e Marcelo Crivella também apoiam Dilma Rousseff]. Nós teremos o nosso
palanque. Quanto mais palanque para a presidente, melhor para a eleição
dela", declarou.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica
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