SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
Pelo menos 15 jornalistas
ficaram feridos durante a cobertura do protesto contra a alta da tarifa de
transporte em São Paulo nesta quinta-feira (13). O levantamento é da Abraji
(Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
Na
lista de agressões sofridas pelos jornalistas estão tiros de bala de borracha,
golpes de cassetete, bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e até
atropelamento por viatura da Polícia Militar.
Além
disso, dois jornalistas --da revista "Carta Capital" e do portal
Terra-- foram detidos durante a cobertura da manifestação.
O caso mais grave é do
fotógrafo Sérgio Silva, da Futura Press, atingido no olho por uma bala de
borracha.
Ele
passou ontem por uma cirurgia para reparação do globo ocular no Hospital de
Olhos Paulista. O boletim médico sobre o estado de Silva será divulgado hoje.
Por
enquanto, as chances de que Silva recupere sua visão seguem abaixo de 5%.
Ele
estava na rua da Consolação, próximo a rua Maria Antônia, quando foi atingido
pelo disparo. O fotógrafo foi socorrido por um professor que o acompanhava
durante a manifestação.
TIRO NO
ROSTO
Dos 15
jornalistas feridos, sete são da Folha.
Dois deles foram atingidos por bala de borracha no rosto -- o fotógrafo Fábio
Braga (que também foi atingido na virilha) e a repórter Giuliana Vallone,
atingida na região do olho.
A
jornalista voltou a enxergar na manhã desta sexta-feira. Ela está internada no
hospital Sírio Libanês desde ontem e deve receber alta no sábado.
Também
ficaram feridos dois repórteres do jornal "O Estado de S.Paulo", uma
jornalista da rede "Brasil Atual", e mais dois do jornal
"Metro".
Um dos
casos chama especial atenção. De acordo com a Abraji, Vagner Magalhães, do
portal Terra, foi atacado pela PM quando estava sentado na mureta sob o MASP,
na avenida Paulista.
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