O divorcio será abordado em outra
ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia
introdutória.
O tema divórcio quando analisado à
luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A
geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas
e dispensáveis, procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique
sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às
abordagens superficiais sobre o assunto.
Os judeus maltratavam suas esposas.
Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de
divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. (Provérbios
5.18; Malaquias 2.14). O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer
outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa
de Eva, induzida ao engano pela serpente no jardim do Éden.
Como profeta, Moisés foi autorizado
por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros
de coração.
O tempo do Antigo Testamento foi um
período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a
ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas
veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são
dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo (João 3.19; 9.5; Colossenses 2.15-17; Hebreus 10.1).
"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.
"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.
Jesus se fez homem para cumprir
exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e
do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos
condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida
pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de
Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna.
Cristo esclarece sobre o divórcio.
Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que
estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na
genealogia dos hebreus. A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em
condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do
casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois.
Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o
divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela
esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se
ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa
traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição
conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser
reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se.
Orientação de Jesus: "Eu,
porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações
sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a
repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.
Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o
casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse
descrente:
"Igualmente vós, maridos,
coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco;
como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam
impedidas as vossas orações" - 1 Pedro 3:7.
"Ora, a mulher casada está
ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer,
desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se,
vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido,
estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias" - Romanos
7.2-3.
"Ora, aos casados, ordeno, não
eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a
separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o
marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.
"Aos mais digo eu, não o Senhor:
se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a
abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela,
não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da
esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra
sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o
descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à
servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está
ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para
casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se
permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o
Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40.
Deus é coerente, vivemos no período
da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. A Graça possui
parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da
Lei do Senhor de maneira alguma. Uma das formas de desobedecê-la é aborrecer o
cônjuge por causa de sentimentos inúteis. É preciso decidir amar, saber que o
amor produz resultados positivos em crises de relacionamentos.
Deus nos deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial.
Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial. Porque não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contas ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo.
Deus nos deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial.
Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial. Porque não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contas ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo.
E.A.G.
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