Pesquisa inédita mostra os benefícios
da oração entre pares e familiares
Um estudo inédito revela que orar por
um par romântico ou uma pessoa próxima (familiar ou amigo) pode levar a um
comportamento mais cooperativo e tolerante em relação a essa pessoa. O
material foi divulgado pelo dr. Frank D. Fincham, pesquisador da Universidade
Estadual da Flórida e diretor do Centro de Estudos da Família da mesma
instituição.
Os resultados são significativos por
serem os primeiros a atestar que os parceiros que se tornam “objeto” das
orações relataram uma mudança positiva no comportamento da pessoa que orava por
eles. “Minha pesquisa anterior havia mostrado que aqueles que oraram por
seu parceiro relatam um comportamento mais sociável em relação a seu parceiro,
mas ouvir apenas uma parte seria um relatório potencialmente tendencioso”, explica
Fincham.
“Este conjunto de estudos é o
primeiro a utilizar indicadores objetivos mostrando que a oração realmente
mudou o comportamento e que este comportamento era evidente para o outro
parceiro, no caso, o sujeito da oração.”
Além disso, os pesquisadores
concluíram que as pessoas que faziam orações tinham um comportamento mais
positivo em relação a seus parceiros em comparação com os que não oravam pelo
seu parceiro.
Fincham é um dos vários autores do
estudo liderado pelo doutor Nathanial Lambert, professor na Universidade
Brigham Young. Seu artigo, “Tendências à cooperação e ao perdão: Como
a oração transforma a motivação”, foi publicado na revista
científica Personal Relationships . Além de Lambert e Fincham,
participaram do estudo C. Nathan DeWall e Richard Pond, da Universidade de
Kentucky e Steven R. Beach, da Universidade da Geórgia.
O artigo assinado por eles relata os
resultados de cinco estudos diferentes, tentando descobrir se orar por alguém
muda a maneira das pessoas agirem, exibindo um comportamento mais cooperativos,
tanto a curto quanto a longo prazo. Eis as conclusões:
·
Os participantes que oraram com mais
frequência pelo seu parceiro demonstravam ser menos agressivos durante uma
discussão sobre algo que o parceiro tenha feito que causasse irritação.
·
Os parceiros de participantes que
oraram por eles notaram um comportamento mais tolerante que os parceiros dos
participantes que apenas separavam um tempo a cada dia para “pensar em coisas
positivas” sobre eles.
·
Os participantes que se dispunham a
orar logo após algum comportamento ofensivo do parceiro eram mais cooperativos
com os seus parceiros que os participantes que apenas diziam “pensar em Deus”.
·
Os participantes que oraram por um
parceiro no mesmo dia em que o conflito ocorreu demonstravam níveis mais
elevados de cooperação e perdão que nos dias em que ocorreu um conflito mas
eles não oraram.
“Estes resultados destacam o
benefício potencial do uso da oração, onde é permitida, em clínicas ou em
programas de educação de relacionamento”, escreveram os pesquisadores.
Além de oferecer uma base maior para
terapia de casais de clientes religiosos, os resultados dessa pesquisa também
podem ajudar a esclarecer os tipos de intervenções que aumentam a cooperação entre
casais não-religiosos, alerta o artigo.
Até recentemente, os cientistas
sociais evitavam estudar religião, espiritualidade e, especialmente, a oração,
Fincham diz que isso é inevitável, já que cerca de 5 bilhões de pessoas, quase
75% da população do mundo, professam alguma fé religiosa.
“A oração é uma forma de atividade
espiritual comum a todas as tradições religiosas… No entanto, sabemos
muito pouco sobre o seu papel nos relacionamentos amorosos. Esta é a
primeira vez que os indicadores objetivos podem documentar o impacto da
oração nas relações.” encerrou o doutor Fincham.
Ao ser questionado se outros fatores
podem ter contribuído para a mudança nas relações das pessoas que participaram
da pesquisa, Fincham respondeu que fizeram o melhor possível para evitar isso.
“Nós usamos métodos de pesquisa
rigorosos, que incluíam dados experimentais. Ou seja, nós expomos
aleatoriamente os participantes às condições experimentais. Eles foram testados
especificamente se os resultados poderiam ser um mero acaso… a replicação
dos resultados em estudos diferentes não permite se usar a palavra
“coincidência” como uma explicação plausível.” Com
informações de Christian Post e Charisma News.
Fonte: Gospel Prime
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