A política continua a
contaminar a economia. Em resposta à Politeia, nova fase da Operação Lava Jato
que investiga o envolvimento de parlamentares em esquemas de desvios de
recursos, deputados e senadores pretendem derrotar o governo em futuras
votações no Congresso.
Nos bastidores, há relatos
de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenta impedir o avanço
de importantes medidas do governo na área econômica. Por exemplo: as propostas
do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de regularizar dólares ilegais no exterior que pertencem a
brasileiros e de unificar a alíquota do ICMS, principal tributo estadual.
Esses temas já sofrem bombardeio na Câmara e podem não ser votados logo, como o
governo deseja.
Nesta quarta, Cunha afirmou
que seu partido quer distância do PT. Já o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), disse que estuda medidas judiciais contra a Politeia.
Em resumo, a nova fase da
operação Lava Jato desorganizou ainda mais a base de apoio do governo Dilma
Rousseff. E isso traz reflexos negativos sobre a economia.
Na avaliação do governo e da
oposição, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não escorregou em
nenhuma casca de banana em seu depoimento à CPI da Petrobras.
Questionado a respeito da
acusação de escutas ilegais na cela de Alberto Youssef, delator da operação
Lava Jato, Cardozo disse que o ato será “gravíssimo” se ficar comprovado que
foi irregular. Como as investigações ainda estão em curso, não há uma conclusão
a respeito do grampo na cela do doleiro.
O ministro da Justiça negou
ter tratado da Operação Lava Jato em encontros no exterior com o
procurador-geral da República Rodrigo Janot e o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ricardo Lewandowski.
O depoimento de Cardozo
mostra que a CPI tem dificuldade para avançar em relação ao trabalho de
investigação da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal. A comissão
se tornou mais um palco de embate político.
Fonte: www.blogdokennedy.com.br
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