Resultado é o segundo melhor da história, só perdendo para 2023
Tânia Rêgo/Agência Brasil |
O resultado representa queda de
24,6% em relação a 2023, quando o saldo da balança comercial tinha batido
recorde e registrado superávit de US$ 98,903 bilhões. Mesmo assim, é o segundo
maior saldo anual positivo desde o início da série histórica, em 1989.
No ano passado, o país exportou
US$ 337,036 bilhões, com recuo de apenas 0,8% em relação ao recorde de
exportações de US$ 339,696 bilhões registrado em 2023. Em contrapartida, as
importações cresceram 9% e encerraram 2024 em US$ 262,484 bilhões, contra US$
240,793 bilhões em 2023.
Estimativas
O superávit veio acima das
estimativas da pasta, que previa saldo positivo de US$ 70 bilhões para 2024. As
exportações ficaram levemente acima da projeção de US$ 335,7 bilhões divulgada
pela pasta em outubro. As importações encerraram o ano levemente abaixo da
previsão de US$ 264,3 bilhões.
Na comparação entre volume e
preços, o total de mercadorias exportadas cresceu 3% em 2024, com os preços
médios caindo 3,6%, puxado principalmente pela soja e pelo milho. O volume de
bens importados subiu 17,2%, impulsionado pelo crescimento do consumo decorrente
da recuperação econômica. Os preços médios das mercadorias importadas recuaram
7,4%.
Pela primeira vez, o Mdic
divulgou estimativas para a balança comercial do ano em janeiro. A pasta prevê
que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões em 2025, com
as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e as
importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões. Tradicionalmente, a pasta
divulgava as projeções para o ano a partir de abril, com revisões em julho e em
outubro.
Petróleo
Na comparação entre volume e
preços, o total de mercadorias exportadas cresceu 3% em 2024, com os preços
médios caindo 3,6%, puxados principalmente pela soja e pelo milho. O volume de
bens importados subiu 17,2%, impulsionado pelo crescimento do consumo decorrente
da recuperação econômica. Os preços médios das mercadorias importadas recuaram
7,4%.
Na divisão por produtos, o
petróleo bruto tomou o lugar da soja entre as maiores exportações brasileiras
em 2024. No ano passado, o valor exportado subiu 5,2%, com o volume embarcado
aumentando 10,1%, e o preço médio caindo 4,4%. As exportações de soja recuaram
19,4% em valor, com o volume caindo 3% e o preço médio, 16,9%.
Com o milho, o desempenho foi
ainda pior no ano passado. O valor exportado recuou 39,9%, com o volume
embarcado desabando 28,8%, e os preços caindo 15,6%. Tanto a soja como o milho
sofreram com as condições climáticas no ano passado, marcado por enchentes na
Região Sul e forte seca no Sudeste e no Centro-Oeste.
Dezembro
No resultado de dezembro, a
balança comercial teve superávit de US$ 4,803 bilhões, com queda de 48,5% em
relação a dezembro de 2023, quando o resultado tinha ficado positivo em US$
9,323 bilhões. As exportações somaram US$ 24,904 bilhões, com queda de 13,5% em
relação a dezembro de 2023. As importações totalizaram US$ 20,101 bilhões, com
alta de 3,3% na mesma comparação.
Assim como ao longo do segundo
semestre de 2024, a combinação de queda no preço das commodities (bens
primários com cotação internacional), de menor safra e de alta nas importações
provocada pelo aumento do consumo influenciou o saldo comercial. Em dezembro, o
volume de mercadorias exportadas caiu 8,8%, com o preço médio recuando 5% na
comparação com o mesmo mês de 2023.
Apenas na agropecuária, o volume
de exportações caiu 20,4% em dezembro em relação a dezembro de 2023, com
destaque para soja, milho e café. O preço médio recuou 3,8%. Na indústria
extrativa, o volume despencou 19,4%, e o preço médio despencou 18,4%, impulsionado
tanto pela queda nas exportações mensais de petróleo e de minério de ferro.
Em relação às importações, o
volume de mercadorias compradas subiu 8%, com o preço médio caindo 6,6% em
relação a dezembro de 2023. Os principais destaques foram motores não
elétricos, partes e acessórios de veículos automotivos e medicamentos.
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