Nova tributação incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, com objetivo de desestimular o consumo e aumentar a arrecadação
O
Senado aprovou, no dia 12 de dezembro, o texto da regulamentação do Imposto
Seletivo (IS), previsto na reforma tributária (PLP
68/2024). Popularmente apelidado de "imposto do pecado", o IS
incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde pública e ao meio
ambiente, com o objetivo de desestimular seu consumo. Após a aprovação, o
projeto agora retorna para a análise da Câmara dos Deputados.
O novo imposto funcionará como
uma alíquota adicional aplicada sobre produtos sujeitos à tributação
padrão de 26,5%, estabelecida pela reforma tributária. Com isso, além
dessa alíquota, o IS será somado, aumentando a carga tributária sobre itens
específicos. A definição das alíquotas do Imposto Seletivo ainda depende da
aprovação de leis ordinárias futuras, que regulamentarão as taxas para
cada produto.
Tributação única e isenção
para exportações
De acordo com o texto aprovado, o
IS será aplicado uma única vez sobre o bem ou serviço. Não será
permitido o aproveitamento de créditos referentes ao imposto em operações
anteriores, tampouco a geração de créditos para transações futuras. Além disso,
produtos destinados à exportação estarão isentos da cobrança.
Produtos tributados pelo IS
A lista de produtos que serão
alvo do Imposto Seletivo segue as diretrizes enviadas pela Câmara. Apesar de
discussões durante a tramitação, a proposta inicial do relator, senador Eduardo
Braga (MDB-AM), de incluir bebidas açucaradas e armas e munições na
relação, foi rejeitada ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Esses
itens foram retirados antes da votação final.
Próximos passos
Com a regulamentação aprovada
pelo Senado, o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde será
novamente avaliado. O Imposto Seletivo é uma das novidades da reforma
tributária e promete gerar debates tanto no setor produtivo quanto entre
consumidores, uma vez que visa influenciar diretamente o mercado de produtos
considerados prejudiciais.
A expectativa é que o imposto,
aliado à tributação padrão, desestimule o consumo de bens com impacto negativo
na saúde e no meio ambiente, ao mesmo tempo que se tornará uma nova fonte de
arrecadação para o governo.
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