Radio Evangélica

domingo, 29 de dezembro de 2024

Ondas gigantes atingem a costa do Pacífico e causam destruição no Peru e Equador

Fenômeno climático danifica embarcações, inunda cidades e deixa pescadores em situação de emergência

AFP - NICOLAS LANDA TAMI
Ondas gigantes atingiram a costa do Pacífico da América do Sul, causando grandes danos em comunidades costeiras do Peru e Equador. O fenômeno, registrado desde o dia 25 de dezembro, destruiu dezenas de barcos de pesca artesanal, inundou áreas urbanas e obrigou moradores a fugirem das regiões litorâneas.

No Peru, as ondas ultrapassaram os quatro metros de altura, enquanto no Equador chegaram a mais de dois metros. De acordo com o Centro Nacional de Operações de Emergência (COEN), 91 dos 121 portos peruanos foram fechados até o dia 1º de janeiro, com restrições ao acesso às praias para evitar novos incidentes.

A cidade de Tumbes, no norte peruano, tornou-se palco de uma operação de resgate que salvou 31 pescadores presos no mar. Porém, relatos de pescadores locais indicam que outros 180 ainda permanecem em situação de emergência.

"Essas ondas não são como as outras. E os mais afetados são os pescadores", afirmou Roberto Carrillo Zavala, prefeito do distrito de La Cruz, que sobrevoou as áreas atingidas junto com o ministro da Defesa do Peru.

Em Callao, maior porto do país e localizado próximo à capital Lima, praias foram interditadas e a praça turística Grau ficou completamente alagada, segundo testemunhas.

No Equador, a cidade de Barbasquillo, no oeste do país, também sofreu graves impactos. Uma pessoa desaparecida foi encontrada morta no sábado, e as autoridades locais fecharam preventivamente as praias da região.

Causas e características do fenômeno

Especialistas explicam que essas ondas anormais foram provocadas por tempestades distantes, próximas aos Estados Unidos, que geraram ventos persistentes na superfície do oceano. "Esses ventos criam ondulações de longa duração que percorrem o Pacífico até atingir a costa", esclareceu o Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador (Inocar).

No Peru, o capitão Enrique Varea, da Marinha, destacou que o fenômeno é natural, mas tem impactos severos na costa devido à combinação de ventos fortes e marés altas.

Com duração prevista até o início de janeiro, o evento continua a ser monitorado pelas autoridades de ambos os países, que buscam minimizar os danos e proteger as populações vulneráveis.

Com informações da AFP

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