Fenômeno climático danifica embarcações, inunda cidades e deixa pescadores em situação de emergência
AFP - NICOLAS LANDA TAMI |
No Peru, as ondas ultrapassaram
os quatro metros de altura, enquanto no Equador chegaram a mais de dois metros.
De acordo com o Centro Nacional de Operações de Emergência (COEN), 91 dos 121
portos peruanos foram fechados até o dia 1º de janeiro, com restrições ao
acesso às praias para evitar novos incidentes.
A cidade de Tumbes, no norte
peruano, tornou-se palco de uma operação de resgate que salvou 31 pescadores
presos no mar. Porém, relatos de pescadores locais indicam que outros 180 ainda
permanecem em situação de emergência.
"Essas ondas não são como as
outras. E os mais afetados são os pescadores", afirmou Roberto Carrillo
Zavala, prefeito do distrito de La Cruz, que sobrevoou as áreas atingidas junto
com o ministro da Defesa do Peru.
Em Callao, maior porto do país e
localizado próximo à capital Lima, praias foram interditadas e a praça
turística Grau ficou completamente alagada, segundo testemunhas.
No Equador, a cidade de
Barbasquillo, no oeste do país, também sofreu graves impactos. Uma pessoa
desaparecida foi encontrada morta no sábado, e as autoridades locais fecharam
preventivamente as praias da região.
Causas e características do
fenômeno
Especialistas explicam que essas
ondas anormais foram provocadas por tempestades distantes, próximas aos Estados
Unidos, que geraram ventos persistentes na superfície do oceano. "Esses
ventos criam ondulações de longa duração que percorrem o Pacífico até atingir a
costa", esclareceu o Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do
Equador (Inocar).
No Peru, o capitão Enrique Varea,
da Marinha, destacou que o fenômeno é natural, mas tem impactos severos na
costa devido à combinação de ventos fortes e marés altas.
Com duração prevista até o início
de janeiro, o evento continua a ser monitorado pelas autoridades de ambos os
países, que buscam minimizar os danos e proteger as populações vulneráveis.
Com informações da AFP
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