Bolsa subiu 0,92% em dia de leve recuperação
Após dia turbulento no mercado financeiro, o dólar fechou praticamente estável, depois de bater R$ 6,20 ao longo da sessão. A bolsa de valores subiu quase 1%, em dia de leve recuperação.O dólar comercial encerrou esta
terça-feira (17) vendido a R$ 6,096, com pequena alta de 0,02%, renovando o
recorde de valor nominal desde a criação do real. A cotação abriu em R$ 6,14 e
chegou a subir para R$ 6,20 por volta das 12h15. O Banco Central (BC) interveio
duas vezes no mercado, vendendo US$ 1,272 bilhão por volta das 9h30 e mais US$
2,015 bilhões após a moeda bater os R$ 6,20.
Feitas as intervenções, o dólar
passou boa parte da tarde em torno de R$ 6,11, mas passou a cair com declaração
do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de que pretende começar a
votar o pacote de corte de gastos do governo ainda nesta terça-feira. Na mínima
do dia, por volta das 15h, a cotação caiu para R$ 6,06, mas ganhou força nos
minutos finais de negociação, até fechar em leve alta.
No mercado de ações, o dia foi
menos tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.698, com alta de 0,92%. O
indicador recuperou-se parcialmente após três quedas seguidas e também depois
de atingir, na segunda-feira, o menor nível desde o fim de junho.
Apenas em dezembro, o BC vendeu
US$ 12,760 bilhões das reservas internacionais, entre leilões â vista, em que o
dinheiro sai definitivamente das reservas, e leilões de linha, em que a
autoridade monetária compra os dólares de volta após alguns meses. Essa foi a
maior atuação do BC no câmbio desde março de 2020, início da pandemia de
covid-19.
Em relação ao pacote de corte de
gastos, o anúncio de Lira e a ida do secretário-executivo do Ministério da
Fazenda, Dario Durigan, ao Congresso nesta tarde para negociar as medidas com
os deputados reduziram a instabilidade no mercado financeiro. Isso porque
aumentaram as chances de aprovação das medidas de revisão de despesas antes do
recesso parlamentar, que começa na sexta-feira (20).
Imagem:Valter Campanato/Agência Brasil
*com informações da Reuters
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