Radio Evangélica

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Ibovespa cai 1,09% e atinge menor nível desde junho

Pressão cambial e incertezas fiscais marcam reta final de 2024 para a Bolsa brasileira

O Ibovespa iniciou a semana em queda, recuando 1,09% nesta segunda-feira (23) e encerrando o dia aos 120.766,57 pontos, menor nível desde 20 de junho. O índice acumula perda de 3,90% no mês e de 10,00% no ano, aproximando-se de sua pior performance anual desde 2021, quando registrou queda de quase 12%.

A sessão foi marcada por incertezas no câmbio e na curva de juros doméstica, além de preocupações fiscais que seguem pressionando o mercado. O volume negociado na B3 alcançou R$ 20,6 bilhões, com o índice oscilando entre a mínima de 120.617,32 e a máxima de 122.104,68 pontos, registrada no início do dia.

No mercado cambial, o dólar à vista chegou a ser negociado a R$ 6,2010 na máxima do dia, fechando em alta de 1,86%, a R$ 6,1851.

Destaques da Bolsa

Entre as principais ações do Ibovespa, apenas Vale ON (+0,42%) e Petrobras ON (+0,76%; PN +0,03%) fecharam em alta. Por outro lado, grandes bancos, como Santander Unit (-3,09%) e Itaú PN (-1,94%), puxaram o índice para baixo.

Na ponta positiva, as maiores altas foram de Hypera (+3,32%), Suzano (+2,72%) e IRB (+2,42%). Já as maiores quedas ficaram com Automob (-19,05%), após forte valorização na semana passada, além de Azul (-9,34%) e Brava (-7,67%). Dos 87 papéis que compõem a carteira do Ibovespa, apenas 13 encerraram o dia em alta.

Perspectivas para o mercado

Felipe Moura, analista da Finacap, explica que o baixo volume negociado nesta reta final de ano, devido aos feriados de Natal e Ano Novo, tende a reduzir a volatilidade no curto prazo. “O mercado ainda reflete incertezas no cenário fiscal e econômico, o que mantém os investidores defensivos”, afirmou.

Já Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital, destacou que, embora o avanço do pacote fiscal no Congresso tenha sido bem recebido, a desidratação das medidas reforça a cautela sobre o cumprimento de metas fiscais. “Essa falta de clareza fiscal aumenta a aversão ao risco, e é provável que o viés conservador persista até o início de 2025”, avaliou.

Expectativas para janeiro

Com o início de um novo ano, o mercado espera maior movimentação, à medida que gestores de carteira ajustam suas estratégias. “Janeiro será agitado, com investidores avaliando se é o momento de assumir mais riscos ou adotar uma postura ainda mais cautelosa”, concluiu Moura.

Fonte: InfoMoney

Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli

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