A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve hoje (2) a
prisão preventiva do ex-prefeito de Coari (AM) Adail Pinheiro (PRP), acusado de
chefiar uma quadrilha que explorava sexualmente crianças e adolescentes.
Por unanimidade, os ministros entenderam que a Justiça do Amazonas
justificou corretamente a manutenção da prisão. A defesa de Pinheiro alegou
ilegalidade da prisão e a incompetência do juiz que decretou a medida.
Adail Pinheiro é réu em pelo menos 70 processos que tramitam na Justiça
do Amazonas. Os processos estão parados à espera de julgamento, suscitando a
hipótese de ele ser beneficiado por juízes.
Em 2006, a Polícia Federal passou a investigá-lo devido a indícios de
desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
As denúncias de pedofilia começaram a aparecer nessas investigações, em
escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. A apuração do caso resultou na
chamada Operação Vorax, cujo relatório foi divulgado em 2008. Menos de um ano
depois o ex-prefeito foi preso.
Em agosto de 2013, Pinheiro prestou depoimento à Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos
Deputados.
A defesa do ex-prefeito considera mentirosas as denúncias de que
comandava uma rede de prostituição infantil e de que abusou sexualmente de
meninas em Coari. Ele garante jamais ter mantido qualquer tipo de
relacionamento com as mulheres que o acusam.
Fonte: Agência Brasil
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