A prefeitura de Moscou
rejeitou mais uma vez um pedido de militantes homossexuais para a realização de
uma parada gay na capital russa, justificando que seu dever é garantir "o
respeito à moralidade" e o "patriotismo".
"Nós
preparamos respostas para todos os pedidos apresentados pelos organizadores e
anunciamos a nossa recusa", declarou uma autoridade local, Alexei Maiorov,
citado pela agência de notícias Interfax.
"Nós devemos zelar
pelo respeito à moralidade e ensinar o patriotismo às novas gerações, e não
aspirações estrangeiras", explicou.
O funcionário citado
pela agência Ria Novosti acrescentou que a polícia agirá contra qualquer
tentativa de organizar uma parada gay sem autorização.
Segunda-feira, uma
associação de homossexuais apresentou à Prefeitura de Moscou um pedido para
organizar uma manifestação e uma marcha nos dias 25 e 26 de maio em um parque
na capital.
Um dos organizadores,
Nikolai Alexeiev, afirmou nesta quarta-feira em um comunicado que, em caso de
interdição, eles apresentarão uma queixa na Justiça.
A presidente do grupo de
defesa dos direitos Humanos Helsinki, Liudmila Alexeieva, denunciou a decisão
das autoridades.
"A homofobia aqui é
uma política de Estado", considerou Alexeïeva, citada pela Interfax.
Todos os anos as
autoridades de Moscou proíbem militantes homossexuais de organizar
manifestações.
Tentativas de realizar
marchas sem autorização terminaram em várias ocasiões em incidentes violentos
entre militantes homossexuais e membros de organizações conservadoras.
Os militantes homossexuais
são vistos de forma muito negativa na Rússia. A homossexualidade era
considerada crime até 1993, uma doença mental até 1999, muito depois da queda
do regime soviético em 1991.
Em São Petersburgo,
segunda maior cidade do país, uma lei adotada no ano passado pune os autores de
qualquer "ato público que promova a homossexualidade e a pedofilia".
O texto é denunciado pelos defensores das liberdades por ligar a
homossexualidade à pedofilia.
O presidente russo
Vladimir Putin anunciou no final de fevereiro que a Rússia poderia revisar os
acordos de adoção com os países que legalizaram o casamento homossexual.
Fonte e foto: Terra
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