Títulos mais procurados foram os vinculados à taxa Selic
As vendas de títulos do
Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 1,238 bilhão em setembro deste ano.
De acordo com os dados do Tesouro Nacional divulgados nesta sexta-feira (22),
as vendas do programa atingiram R$ 2,882 bilhões no mês passado. Já os resgates
totalizaram R$ 1,644 bilhão, todos relativos a recompras de títulos públicos.
Não houve resgates por vencimento, quando o prazo do título acaba e o governo
precisa reembolsar o investidor com juros.
Os títulos mais procurados
pelos investidores foram aqueles corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic,
que corresponderam a 46,2% do total. Os títulos vinculados à inflação (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), tiveram participação de 38,4%
nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão,
de 15,3%.
O estoque total do Tesouro
Direto alcançou R$ 71,77 bilhões no fim de setembro, um aumento de 2,8% em
relação ao mês anterior (R$ 67,83 bilhões) e de 16,% em relação a setembro do
ano passado (R$ 61,49 bilhões).
Investidores
Em relação ao número de
investidores, 634.578 novos participantes se cadastraram no programa no mês
passado. O número total de investidores atingiu 13.100.474, alta de 56,2% nos
últimos 12 meses. O total de investidores ativos (com operações em aberto)
chegou a 1.668.145, aumento de 22,7% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de
32.888 novos investidores ativos.
A utilização do Tesouro Direto
por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas
até R$ 5 mil, que correspondeu a 83,7% do total de 458.245 operações de vendas
ocorridas em agosto. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 64,5%. O
valor médio por operação foi de R$ 6.291.
Os investidores estão
preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de um a
cinco anos representaram 62% e aquelas com prazo de 5 a 10 anos, 27,3% do
total. Os papeis de mais de dez anos de prazo chegaram a 10,7% das
vendas.
O balanço completo do Tesouro
Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.
Fonte de recursos
O Tesouro Direto foi criado em
janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas
físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional,
pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa
pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.
Mais informações podem ser
obtidas no site do
Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das
formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar
compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com
um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o
câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
Fonte: Agência Brasil –
Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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