Com a estiagem e as proximidades do verão, aumentam os
riscos de queimadas na vegetação seca da Paraíba. O Corpo de Bombeiros, já
alerta a população para alguns cuidados no sentido de evitar novas queimadas.
Somente na última sexta-feira (23), dois incêndios aconteceram em Campina
Grande. O primeiro dele, foi registrado em um terreno com vegetação, no sítio
Limoeiro na comunidade de Jenipapo Duas casas foram atingidas pelas chamas que
se alastraram por boa parte do terreno. Segundo o Corpo de Bombeiros, ninguém
ficou ferido.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas começaram no terreno no início da
tarde e foram controladas. No momento em que a equipe deixou o local para
recarregar o caminhão de combate ao incêndio, o fogo foi retomado e atingiu uma
residência. O órgão ainda não sabe o que pode ter provocado o incêndio e vai
realizar uma perícia no local. A suspeita é de que esse incêndio tenha sido provocado
pela ação humana.
Já nas margens da BR-230, nas proximidades da Vila Cabral de Santa Terezinha
outro foco de incêndio foi detectado. O fogo se alastrou rapidamente pela
vegetação seca, e por pouco não atingiu algumas casas.
Os Bombeiros também foram acionados para controlar as chamas, e só no começo da
noite conseguiram apagar o fogo. O sol quente e a alta temperatura podem ter
favorecido o incêndio de grandes proporções registrado no Pico do Jabre, entre
as cidades de Maturéia e Teixeira, no Sertão paraibano. O Pico do Jabre, um dos
principais pontos turísticos e considerado o ponto mais alto da Paraíba,
O incêndio florestal durou mais de 5 dias e consumiu parte da mata nativa. Os
bombeiros passaram mais de 20 horas para apagar as chamas. O local é difícil
acesso e a equipe teve que usar mochilas para carregar água e abafadores para
tentar controlar as chamas.
O Corpo de Bombeiros confirmou na última quinta-feira (22) que foi criminoso o
incêndio que atingiu a área de preservação ambiental do Pico do Jabre. No local
foram encontrados baldes, tecidos e garrafas com combustível. Ainda de acordo
com o órgão, moradores perceberam a presença de dois homens em uma moto,
próximo aos locais onde os focos de incêndio foram iniciados.
No começo deste mês, um incêndio em um terreno causou a explosão de um tambor
de óleo em Campina Grande. Desta vez, o caso ocorreu no bairro Santa Rosa, e o
Corpo de Bombeiros realizou uma operação para conter as chamas, que chegaram a
atingir árvores. Ninguém ficou ferido.
As altas temperaturas, aliadas ao tempo seco e a falta de conscientização das
pessoas, tem preocupado o Corpo de Bombeiros. Conforme os Bombeiros, os riscos
de propagação de incêndios aumentam nesta época do ano. Como a umidade do ar
permanece baixa é recomendada a adoção de atitudes simples para evitar que o
número de casos aumente.
Entre elas, evitar queimadas em terrenos, entulhos e demais lixos que podem ser
descartados de outras formas. Esse tipo de queimada provoca poluição e pode até
mesmo causar danos a saúde. O risco do fogo se alastrar e ferir pessoas,
atingir residências e demais bens materiais também é grande.
Entre as orientações estão não utilizar cestos de lixo como cinzeiros, não
jogar pontas de cigarros pela janela, nem deixá-las sobre mesas, armários e
outros. Evitar o acúmulo de lixo em locais não apropriados, desconectar da
tomada os aparelhos após a utilização, não sobrecarregar as instalações
elétricas com a utilização do plugue T e respeitar as proibições de fumar e
acender fósforos em locais sinalizados.
Historicamente os focos de incêndio na Paraíba crescem entre os meses de
setembro e dezembro. No ano passado, o número de focos de incêndio em setembro
ultrapassou em 189,2 % em relação ao ano anterior, segundo informações doo site
do Monitoramento de Queimadas e Incêndios, do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe).Em todo o ano de 2015, foram registrados quase 200 casos de
queimadas.
De janeiro até setembro do ano passado, foram contabilizados 199 casos de
queimadas em Já De janeiro até setembro de 2014, foram contabilizados 199 casos
de queimadas em todo o Estado. Já no mesmo período de 2013 foram notificados 91
focos, o que representa um acréscimo de 118,6 %. Em todos os casos, causados
por displicência ou de forma intencional, a legislação prevê punições severas e
até cadeia aos responsáveis por provocar queimadas.
O artigo 250 do Código Penal Brasileiro diz que; “causar incêndio, expondo a
perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem”, acarreta em uma
pena que varia de 3 a 6 anos de reclusão e multa.
Por Severino Lopes para o PB Agora
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