“A utilização de produtos sem registro junto ao
Ministério da Saúde pode causar sérios riscos aos usuários, sejam eles
cosméticos, equipamentos estéticos, de saúde, gêneros alimentícios, de higiene,
etc., por não serem submetidos ao controle de qualidade, tanto técnico quanto
sanitário”, alertou a diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância
Sanitária, Glaciane Mendes.
Helena Lima observou que a desinformação, aliada à forma como os produtos são
anunciados através dos veículos de comunicação de massa, se constitui num dos
principais agravantes dos riscos a que as pessoas são expostas, à medida que se
estimula o consumo pelo consumo, sem alertar os consumidores para a necessidade
de se buscar informações sobre os produtos adquiridos e consumidos.
De acordo com a diretora-técnica, que é odontóloga, pode ser citada como
exemplo de produtos que oferecem perigo ao usuário os clareadores dentais. Em
2015, segundo ela, a Anvisa proibiu a venda desse tipo de produto sem
prescrição de dentistas em atendimento a pedido do Conselho Regional de
Odontologia de São Paulo.
“A decisão teve por base o fato de os clareadores conterem alto teor abrasivo,
podendo danificar o esmalte dos dentes, causar inflamações na boca e provocar
dores em pessoas com maior sensibilidade”, explicou Helena. Ela acrescentou que
esses riscos não são informados nas propagandas, e disse que cabe à população
ajudar na defesa de sua saúde, aumentando os cuidados na hora de comprar
produtos desconhecidos, tanto nos balcões dos estabelecimentos comerciais
quanto por meio da internet. Deve-se também buscar maiores informações sobre os
mesmos.
Alvarás sanitários – Outro
procedimento importante que deve ser adotado pelo consumidor é a observação da
existência ou não de Alvará Sanitário nos estabelecimentos onde buscam produtos
ou serviços, pois aqueles que não dispõem do Alvará, que é fornecido pela
Vigilância Sanitária, atuam na ilegalidade e, por consequência, podem estar
oferecendo produtos sem controle e, portanto, nocivos à saúde dos seus
clientes.
PB agora com Secom
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