AFP/Arquivos/Luis Robayo |
O Exército de Libertação Nacional (ELN) - a segunda maior
guerrilha da Colômbia - anunciou, neste domingo (25), a interrupção de suas
ações ofensivas nos próximos dias para "facilitar a participação"
cidadã no plebiscito sobre o acordo de paz com as Farc, convocado para 2 de
outubro.
"Nossa disposição é que não haja um agir ofensivo do
ELN nesses dias do plebiscito para facilitar a participação da população",
disse o comandante do Exército de Libertação Nacional (ELN), Pablo Beltrán, em
entrevista à Rádio Nacional Pátria Livre, emissora oficial da guerrilha.
O grupo rebelde indicou que, a partir deste domingo, suas
ações ofensivas serão contidas, ainda que possa revidar em caso de ataque.
Beltrán, cujo verdadeiro nome é Israel Ramírez, reiterou
que há partes dos acordos alcançados pelas Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) e pelo governo "que não nos agradam", mas garantiu
que sua organização "não será um obstáculo para os mesmos, e respeitaremos
a aprovação. Fazer críticas não significa que estejamos contra".
O comandante guerrilheiro, membro do Comando Central do
ELN (COCE), disse ainda que essa determinação pode ser entendida como uma
mensagem positiva de sua organização diante de um possível processo de
negociação com o governo de Juan Manuel Santos.
Em março passado, o ELN e o governo Santos chegaram a um
acordo para iniciar negociações formais de paz, que ainda não foram instaladas
porque a guerrilha mantém a prática do sequestro.
O presidente Santos insiste em que as discussões não
começarão até que o grupo anuncie o fim dessa prática.
O ELN surgiu em 1964 por influência da Revolução Cubana.
AFP
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