Prefeito do Rio
de Janeiro voltou a classificar de "assunto familiar" a investigação
que apura agressões à ex-mulher do secretário Pedro Paulo
Depois de chamar de
"tema da vida privada" as agressões à ex-mulher do secretário Pedro
Paulo Carvalho, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) voltou a
classificar de "assunto familiar" a investigação que agora será
conduzida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em 2010, segundo
inquérito conduzido pela polícia do Rio revelado por VEJA, Pedro Paulo espancou
a ex-mulher Alexandra Marcondes com socos e chutes, chegando até a quebrar um
dente da então companheira.
Na manhã deste domingo, Paes
defendeu a manutenção da pré-candidatura do secretário nas eleições do ano que
vem. O peemedebista afirmou que o secretário "já fez os "esclarecimentos necessários". "O secretário
Pedro Paulo já fez as explicações de um assunto familiar. Deve ser muito
difícil na vida pública ter que fazer explicações familiares, de assuntos de
suas relações pessoais de maneira pública. Imagino a dificuldade pessoal dele
de lidar com essa questão dessa maneira", afirmou o prefeito, na entrega
do prédio do IBC, centro de transmissão das imagens da Olimpíada de 2016.
Paes se derreteu em elogios
ao braço-direito, recusando-se a analisar o impacto das denúncias no
eleitorado: "Não sou analista político. O meu candidato é o Pedro Paulo e
vai permanecer até o fim. Ele é o melhor candidato para a cidade. Ao longo do
nosso governo, [ele] coordenou tudo isso. Se as coisas estão saindo é porque
tínhamos na Casa Civil um time de jovens preparados, com a cabeça moderna
montando concessões, PPPs que o Brasil ainda não aprendeu a montar. PPP na
Prefeitura do Rio sai na urina. Quem fez isso foi o secretário Pedro Paulo",
disse Paes.
Braço direito do prefeito,
Pedro Paulo sempre ocupou postos-chave ligados aos cargos ocupados por Paes e
já foi eleito deputado federal duas vezes.
Na semana passada, Pedro
Paulo admitiu as "agressões mútuas", mas disse se tratar de "um
episódio superado no âmbito familiar". O caso, no entanto, está longe de
ser superado no âmbito judicial. Na última sexta-feira, o procurador de Justiça
do Rio Marfan Vieira Martins enviou o inquérito para o procurador-geral Rodrigo
Janot conduzi-lo. Por ser deputado federal e ter foro privilegiado, Pedro Paulo
só pode ser investigado em Brasília.
Fonte e foto: www.veja.com.br
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