O advogado Marcelo Nobre,
que defende o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Conselho
de Ética, divulgou nota em que acusa o relator do processo
contra Cunha, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), de ter ferido o direito de defesa
do seu cliente ao apresentar antecipadamente, nesta segunda-feira (16), parecer
pela admissibilidade da representação contra Cunha. Pinato tinha até o próximo
dia 19 para apresentar seu parecer, mas decidiu fazê-lo antes por considerar
que, em tese, a denúncia do Psol e da Rede Sustentabilidade contra o presidente
preenche os requisitos formais para ser investigada.
De acordo com Marcelo Nobre,
essa apresentação antecipada “representa o cerceamento do direito de defesa,
imprescindível para o esclarecimento de dúvidas do relator e dos integrantes do
conselho”. O advogado informa, na nota, que entregará formalmente a defesa de
Cunha ao colegiado nesta terça-feira (17). Nobre ressalta que confia no
julgamento isento e imparcial do caso.
Questionado sobre o assunto
pelos repórteres ao deixar a Câmara nesta segunda-feira, Eduardo Cunha disse
esperar que o processo seja julgado com isenção, e reafirmou que os detalhes da
sua defesa são de responsabilidade do seu advogado. “O que ele tomar a decisão
de fazer, eu apoiarei”, disse Cunha, ao ser perguntado se entrará com algum
recurso contra a decisão de Fausto Pinato de aceitar a admissibilidade da
representação.
Os repórteres também
quiseram saber se a possibilidade de o processo ser decidido no Plenário da
Câmara o assustava. “Qualquer que seja a situação, vai acabar no Plenário. Não
me assusta, estou com a consciência tranquila”, respondeu Cunha.
Impeachment
de Dilma
Cunha também garantiu, mais uma vez, que o processo no Conselho de Ética não tem nenhuma relação com a sua análise dos pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff: “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Vou fazer uma avaliação técnica.”
Cunha também garantiu, mais uma vez, que o processo no Conselho de Ética não tem nenhuma relação com a sua análise dos pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff: “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Vou fazer uma avaliação técnica.”
Ele informou ter negado,
nesta segunda-feira, mais quatro pedidos de impeachment de Dilma que estavam
pendentes de análise, todos eles apresentados por cidadãos comuns. Segundo o
presidente da Câmara, esses requerimentos não atendiam aos requisitos formais.
Quando ao principal pedido
de impeachment, de autoria do jurista Hélio Bicudo, Cunha disse que a decisão
“pode” ser tomada neste mês: “Quando eu decidir, vocês vão saber”.
Os repórteres perguntaram se
Cunha vai defender nesta terça-feira, no congresso do PMDB, o rompimento do
partido com o governo de Dilma. “Vou lá, mas não é o foro para decidir sobre
isso, e sim para debater o programa do PMDB. O partido tem uma alternativa para
o País e discuti-la é uma coisa boa”, respondeu.
Fonte: Câmara
Notícias
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