A taxa de
desocupação no Brasil ficou em 8,7% no trimestre encerrado em agosto de 2015,
de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, no mesmo trimestre do ano passado, a taxa de desemprego medida
pela Pnad Contínua ficou em 6,9%. Nesse período, ou seja na comparação com o
trimestre que vai de junho a agosto de 2014, a quantidade de empregados com
carteira de trabalho assinada recuou em 1,1 milhão.
No trimestre móvel até maio deste ano, a taxa havia sido de 8,1%. A comparação
do trimestre até agosto ante o trimestre até maio é feita para que não haja
repetição das informações coletadas, já que a cada mês, segundo o IBGE, são
visitados 33% dos domicílios da amostra.
Desempregados. O número de desempregados em todo o País aumentou 29,6% entre os
meses de junho a agosto ante igual período do ano passado. Isso significa que
2,008 milhões de pessoas passaram a buscar uma vaga nesse período.
Com isso, o Brasil tinha, nos três meses até agosto, 8,804 milhões de
desempregados. Trata-se do maior nível da série, iniciada em janeiro de 2012. O
crescimento da população desocupada também foi recorde na pesquisa, que tem informações
desde março de 2013 no confronto anual.
A maior procura por emprego é o principal combustível para o avanço da taxa de
desocupação. A força de trabalho, que inclui as pessoas que têm emprego ou
estão atrás de uma vaga, cresceu 2,2% no trimestre até agosto ante igual
período de 2014. Ou seja, 2,197 milhões de pessoas ingressaram na população
ativa. Só que a geração de vagas foi insuficiente para acomodar esse
contingente. No mesmo tipo de confronto, a população ocupada avançou 0,2%, isto
é, foram abertos 189 mil novos postos de trabalho em todo o País. O restante
ficou na fila de desemprego, contribuindo para a maior taxa de desocupação.
Renda. A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.882,00 trimestre até
agosto de 2015. O resultado representa alta de 1,0% em relação ao período de
junho a agosto de 2014 e recuo de 1,1% ante os três meses até maio deste ano.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 167,8 bilhões no
trimestre até agosto de 2015, alta de 1,2% ante igual período do ano passado e
recuo de 1,1% ante o trimestre até maio deste ano.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases
trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa tem por objetivo
substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões
metropolitanas e será encerrada em fevereiro de 2016, e também a Pnad anual,
que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.
Estadão / Pb Agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário