A Coreia do Norte e a Coreia do sul voltaram a
sentar-se à mesa este domingo. É a segunda ronda de negociações, este fim de
semana, para tentar acabar com o receio de um novo conflito armado entre os
dois “irmãos” desavindos.
Depois de uma primeira longa
ronda realizada no sábado, que terá durado cerca de 10 horas, o responsável
pela diplomacia militar da Coreia da Norte, Hwang Pyong-so, e o conselheiro de
Segurança da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, concordaram realizar este domingo uma
segunda jornada de negociações para tentar amenizar a crise entre os dois
países, agravada nos últimos dias.
Para este retomar das
negociações, a agência de notícias sul-coreana Yonhap avança que se terão
sentado à mesa também os dois responsáveis diplomáticos para as relações entre
as duas Coreias, Hong Yong-po, por Seul, e Kim Yang-gon, por Pyongyang.
A cimeira de paz está a ter
lugar na pequena e emblemática vila fronteiriça de Panmunjon, onde há 62 anos
foi assinado o cessar-fogo da Guerra das Coreias. A localidade situa-se na zona
desmilitarizada, uma faixa de segurança que protege o limite territorial de
ambas as Coreias.
Não muito longe da
fronteira, em Seul, a capital sulcoreana, uma jovem de 22 anos espera apenas
que tudo se resolva a bem. “Eu sei que não será fácil, mas espero que as
negociações acabem bem para que os nossos cidadãos possam ficar em segurança
sem qualquer problema. As pessoas dizem que pode demorar muito tempo, mas eu
espero que este impasse acabe rápido e sem problemas”, afirmou Kim Yu-rim.
Desde o lado norte da
fronteira, as informações não abundam sobre o estado de espírito das pessoas
face a este impasse. Os relatos que recebemos desde Pyongyang, a capital
nortecoreana, aparentam ser mera manobra de propaganda e até a jovem que fala
parece uma máquina de uma só ideia. “Com a Grande Guerra pela unificação no
horizonte, nós, os jovens, esperamos a erradicação da península dos bandidos
americanos e sulcoreanos”, afirmou, de forma mecanizada, Kim Un Kyong.
Recentes trocas de emissões
de propaganda sonora de um lado para o outro da fronteira terão estado na base
do recente agravar do histórico atrito entre as Coreias. O receio de um ataque
do norte contra o sul aumentou depois de o líder Kim Jong-un ter alegadamente
ordenado a mobilização de mais de 50 submarinos de guerra.
A Coreia do Sul, entretanto,
fez antecipar o regresso de 16 caças F-16, que estavam deslocados no alasca
para a realização de exercícios militares.
Por Francisco Marques
Euronews.com
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