Radio Evangélica

domingo, 23 de agosto de 2015

Coreia do Norte e Coreia do Sul aceitam prolongar negociações de paz

Coreia do Norte e a Coreia do sul voltaram a sentar-se à mesa este domingo. É a segunda ronda de negociações, este fim de semana, para tentar acabar com o receio de um novo conflito armado entre os dois “irmãos” desavindos.
Depois de uma primeira longa ronda realizada no sábado, que terá durado cerca de 10 horas, o responsável pela diplomacia militar da Coreia da Norte, Hwang Pyong-so, e o conselheiro de Segurança da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, concordaram realizar este domingo uma segunda jornada de negociações para tentar amenizar a crise entre os dois países, agravada nos últimos dias.
Para este retomar das negociações, a agência de notícias sul-coreana Yonhap avança que se terão sentado à mesa também os dois responsáveis diplomáticos para as relações entre as duas Coreias, Hong Yong-po, por Seul, e Kim Yang-gon, por Pyongyang.
A cimeira de paz está a ter lugar na pequena e emblemática vila fronteiriça de Panmunjon, onde há 62 anos foi assinado o cessar-fogo da Guerra das Coreias. A localidade situa-se na zona desmilitarizada, uma faixa de segurança que protege o limite territorial de ambas as Coreias.
Não muito longe da fronteira, em Seul, a capital sulcoreana, uma jovem de 22 anos espera apenas que tudo se resolva a bem. “Eu sei que não será fácil, mas espero que as negociações acabem bem para que os nossos cidadãos possam ficar em segurança sem qualquer problema. As pessoas dizem que pode demorar muito tempo, mas eu espero que este impasse acabe rápido e sem problemas”, afirmou Kim Yu-rim.
Desde o lado norte da fronteira, as informações não abundam sobre o estado de espírito das pessoas face a este impasse. Os relatos que recebemos desde Pyongyang, a capital nortecoreana, aparentam ser mera manobra de propaganda e até a jovem que fala parece uma máquina de uma só ideia. “Com a Grande Guerra pela unificação no horizonte, nós, os jovens, esperamos a erradicação da península dos bandidos americanos e sulcoreanos”, afirmou, de forma mecanizada, Kim Un Kyong.
Recentes trocas de emissões de propaganda sonora de um lado para o outro da fronteira terão estado na base do recente agravar do histórico atrito entre as Coreias. O receio de um ataque do norte contra o sul aumentou depois de o líder Kim Jong-un ter alegadamente ordenado a mobilização de mais de 50 submarinos de guerra.
A Coreia do Sul, entretanto, fez antecipar o regresso de 16 caças F-16, que estavam deslocados no alasca para a realização de exercícios militares.


Por Francisco Marques 
Euronews.com

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