LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã
desta terça-feira (16) que "não há a menor hipótese de o Brasil não
crescer" este ano e admitiu que pode haver necessidade de mexer na taxa de
juros do país para combater a alta da inflação.
Amanhã (14), na próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária), o Banco Central decide se mantém a Selic em
7,25% ao ano ou se altera a taxa básica de juros. Analistas já esperam uma
elevação, devido à alta da inflação, que nos 12 meses encerrados em março atingiu 6,59%, acima do teto da meta estipulada pelo governo.
Governo planeja inflação acima de 5% neste ano para evitar subir juros
Governo pode elevar juros para combater inflação, diz Mantega
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A meta da inflação para este ano é de 4,5%,
podendo variar em uma banda de dois pontos percentuais.
Dilma disse que o impacto de uma eventual
elevação dos juros seria menor agora do que era antes de o PT assumir a
Presidência porque, segundo ela, houve mudança no patamar da taxa.
"Nós jamais voltaremos a ter aqueles
juros que, em qualquer necessidade de mexida, elevava juros para 15%, porque
estava em 12% a taxa de juros real. Hoje temos taxa de juros real bem baixa.
Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer num patamar
bem menor", afirmou.
A presidente participou, em Belo Horizonte,
da cerimônia de anúncio de uma fábrica de insulina.
Dilma voltou a dizer, como já havia feito
ontem durante festa do PT, que há no Brasil "pessimistas de plantão"
criticando os rumos da política econômica do país.
"É um pessimismo que nunca olha o que já
conquistamos e a situação em que estamos. Sempre olha achando que a catástrofe
é amanhã. Achando que esse processo é um processo que tem sinalizações
indevidas. Eu queria dizer para vocês que não há a menor hipótese do Brasil
este ano não crescer. Estou otimista quanto ao Brasil."
Ela também repetiu que o controle da inflação
foi uma conquista do partido na Presidência e que não haverá
"negociação" com a inflação.
"Não teremos o menor problema em
atacá-la sistematicamente. Nós queremos que esse país se mantenha estável,
porque a inflação corrói o tecido social, corrói para o trabalhador a renda,
corrói para o empresário seu lucro legítimo. Isso não podemos mais deixar
voltar ao Brasil", afirmou.
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