Radio Evangélica

sábado, 30 de novembro de 2013

CDH debaterá as consequências da tragédia na boate Kiss



Dez meses depois do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 242 mortos e 116 feridos, as consequências da tragédia serão debatidas por representantes do poder público, parentes das vítimas e outros convidados, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), na segunda-feira (2).
Considerado o segundo maior incêndio no Brasil em número de vítimas, o acidente foi causado pelo uso de um sinalizador aceso dentro da casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança foram apontadas como as principais causas da morte de centenas de jovens estudantes na madrugada de 27 de janeiro de 2013.
O inquérito policial chegou a indiciar 17 pessoas por homicídio doloso, homicídio culposo e fraude processual. Entre elas os sócios da boate, os músicos da banda - que se apresentou naquela noite e fez uso do sinalizador - e autoridades municipais. O Ministério Público, por sua vez, denunciou oito pessoas.

Audiência
Um dos participantes da audiência pública, Sérgio da Silva, representante da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da boate Kiss, informou que uma comitiva irá a Brasília pedir apoio da CDH no acompanhamento dos desdobramentos do caso na Justiça. Eles reclamam que diversas entidades, que apoiavam as famílias, abandonaram o caso. Também vão sugerir a criação de um banco de antídotos para o cianeto no Brasil. Na época do acidente, o Ministério da Saúde teve que solicitar apoio do governo americano para a doação de kits do medicamento Hidroxicobalamina (vitamina B12 injetável), indicado para o tratamento de intoxicação por cianeto - gás tóxico - ao sistema respiratório. A maior parte das vítimas morreu em razão da intoxicação pelo gás, que rapidamente tomou a boate.
Os outros convidados para o debate são Paulo de Tarso Monteiro Abrahão, coordenador-Geral da Força Nacional do SUS do Ministério da Saúde;  Luis Antonio Camargo de Melo, procurador-geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho; Adherbal Alves Ferreira, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia na Boate Kiss; Alex Monaiar, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (RS);  além de representantes do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Resultado de requerimento do senador gaúcho Paulo Paim (PT), a audiência pública será às 9h, na sala 2 da Ala Senador Nilo coelho. O debate terá caráter interativo com a possibilidade da participação popular por meio do Portal e-Cidadania (http://bit.ly/CDHBoateKiss) e do Alô Senado (08000 6122 11).




Fonte: Agencia Senado

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