O sistema prisional brasileiro é, sabidamente, deficitário em número de
vagas e ineficiente no propósito de recuperar condenados para o convívio
social. Porém, um problema mais específico vem causando violência nos presídios
e preocupação às autoridades responsáveis: a convivência entre heterossexuais e
homossexuais.
No estado do Pará, os responsáveis pela administração dos presídios
seguiram uma tendência internacional e implantaram uma separação de celas,
criando uma ala para presos homossexuais.
Porém, em um dos presídios, a separação é feita de maneira improvisada,
e os detentos gays são enviados para a ala em que a maioria dos ocupantes são
de alta periculosidade e evangélicos.
“Aqui a gente já não sente tanto o perigo de violência, porque é uma
parte mais tranquila do presídio. Só que a gente percebe o jeito que olham
julgando a gente; respeitam, mas não se misturam”, relata José Guedes Gomes, 25
anos, homossexual condenado por tráfico de pessoas, segundo informações do
portal Terra.
Um dos diretores da Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneres do Pará,
Raicarlos Coelho, afirma que a separação é necessária, e uma bandeira do
movimento: “Não dá para tratar igual pessoas tão diferentes, quando pode haver
heteros tarados, com a sexualidade reprimida. Essa política é boa e precisa ser
implementada nacionalmente”, comenta, afirmando que mantém a esperança de que
um dia a separação não seja necessária, devido à convivência pacífica na mesma
cela. “Espero que isso possa ocorrer no futuro, mas hoje o resultado é
catastrófico. Recebemos relatos de violência só que em presídios essas coisas
não costumam ser denunciadas”.
Enquanto esse dia não chega, os presos gays encontram paz dividindo o
mesmo teto com cristãos na ala evangélica do presídio.
Por
Tiago Chagas, para o Gospel+
Vi no site: http://ministeriogeracaocrista.blogspot.com.br
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