DIÓGENES CAMPANHA
RICARDO MENDONÇA
DE SÃO PAULO
RICARDO MENDONÇA
DE SÃO PAULO
O afastamento do PSB do governo federal
em nome da candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República em 2014
poderá obrigar o PT a lançar mais nomes próprios nas disputas estaduais do que
o inicialmente planejado por seus dirigentes.
O rearranjo da estratégia deve ocorrer
em Pernambuco, Estado governado por Campos, no Ceará e no Espírito Santo, ambos
também sob comando socialista. O plano inicial do PT para essas três disputas
era apoiar a eleição ou a reeleição dos candidatos do PSB.
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Em troca, teria palanques locais fortes
para a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição --uma das prioridades
dos petistas-- e participação relevante na composição local, seja como
vice-governador, seja com candidato ao Senado.
A meta de um palanque forte por Estado
para Dilma corre risco com a confirmação da candidatura Campos.
O temor existe mesmo onde socialistas e
petistas têm boa relação, como no Espírito Santo. Na avaliação do PT, Campos
teria meios para inviabilizar espaços para Dilma nas campanhas locais.
Restaria ao PT, dessa forma, lançar
nomes próprios e ir para o enfrentamento direto com o PSB.
Em Pernambuco, o deputado e ex-prefeito
do Recife João Paulo Lima e Silva passou a ser apontado como o petista com
maior probabilidade de assumir a tarefa de ser o candidato de Dilma a
governador em 2014. "Devemos trabalhar com candidatura própria",
afirma o deputado Pedro Eugênio, presidente do PT pernambucano.
Outro caminho, diz, seria se aliar ao
PTB, sigla da base do governo federal que quer lançar o senador Armando
Monteiro Neto a governador.
O PSB de Pernambuco não tem candidato
natural. Qualquer nome que for indicado por Campos, no entanto, tende a ser
competitivo.
No Ceará e no Espírito Santo, os
governados socialistas Cid Gomes e Renato Casagrande defenderam dentro do PSB
apoio à reeleição de Dilma. A dúvida é saber se eles teriam força para manter
essa posição durante a campanha de Campos.
DESEJO
Uma alternativa possível para os
petistas no Espírito Santo seria lançar o ex-prefeito de Vitória João Coser a
governador. "É o primeiro nome a ser lembrado", diz a deputada e ex-ministra
Iriny Lopes, integrante do diretório nacional do PT.
Líder da bancada petista na Câmara dos
Deputados, José Guimarães, do Ceará, diz que ainda trabalha com a hipótese de
união do PT com Cid Gomes e o PMDB no Estado.
Cid está no segundo mandato e também
não tem candidato natural à sucessão.
No arranjo desejado por Guimarães,
caberia ao PT a vaga ao Senado, pleiteada por ele próprio. Mas se houver
necessidade de um palanque de emergência para Dilma, diz, ele mesmo sairia
candidato ao governo cearense.
Em alguns outros Estados comandados
pelo PSB, como Piauí e Paraíba, o distanciamento entre petistas e socialistas
já estava consumado antes do desembarque do partido de Eduardo Campos do
governo federal.
Na Paraíba, o PT é oposição ao
governador Ricardo Coutinho, candidato à reeleição, e tende a formar um bloco
com o PP, do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), que pode ser candidato.
No Piauí, embora faça parte do governo
de Wilson Martins, o PT já programava lançar nome próprio à disputa de 2014.
Será o líder do partido no Senado, Wellington Dias.
Fonte: Uol
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