Radio Evangélica

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PF diz ter indícios de que dinheiro apreendido no Pará iria para o PT


LUCIANA MARSCHALL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MARABÁ
AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM


Um delegado da Polícia Federal afirmou ontem possuir indícios de que o R$ 1,1 milhão apreendido anteontem num aeroporto no interior do Pará seria destinado à campanha do PT de Parauapebas.
O juiz eleitoral que apreendeu o dinheiro disse à PF que presenciou a fuga do coordenador da campanha petista do aeroporto assim que percebeu a chegada de policiais civis e militares.
Em seguida, um monomotor aterrissou e as notas foram apreendidas.
Um dos que carregavam o dinheiro no avião disse ao juiz que as mochilas seriam entregues a Alex Ohana, ex-secretário municipal de Saúde e atual coordenador da campanha petista. O partido comanda a cidade há oito anos, com Darci Lermen, e agora disputa a prefeitura com José Couto.
"Há veementes indícios de prática crimes eleitorais", disse à Folha o delegado da PF Antônio Carvalho.
"Checamos junto aos vigilantes e ao pessoal da Infraero e realmente o Alex [Ohana] estava no aeroporto e, quando viu o juiz, ele 'vazou'", afirmou Carvalho.
Anônimo
Descrição: "Há veementes indícios de prática crimes eleitorais", disse à Folha o delegado da PF Antônio Carvalho.
"Há veementes indícios de prática crimes eleitorais", disse à Folha o delegado da PF Antônio Carvalho.
O autor da fotografia que mostra o dinheiro apreendido cedeu a imagem à reportagem sob a condição de não ser identificado.
Ontem, um empresário da cidade que se identificou à polícia como dono do dinheiro, cerca de R$ 1,1 milhão, disse que parte desse recurso seria destinado a um partido político, mas não disse qual.
Segundo João Vicente, proprietário da empresa White Tratores, o dinheiro apreendido tem origem legal e seria usado, principalmente, para pagamento de funcionários.
"Aqui em Parauapebas o pessoal está doido atrás de dinheiro [para campanhas]. Houve pessoas que me procuraram pedindo."
O empresário não quis detalhar os pedidos e disse apenas que tem sido assediado.
"Não foi só uma pessoa que estava me procurando, então não quero fazer acusações."
A advogada da empresa, Betânia Viveiros, porém, havia dito que o dinheiro seria usado para "pagamentos de funcionários e credores".
A coordenação da campanha de Couto disse não saber se Alex Ohana estava no aeroporto e afirmou que vincular a presença dele à apreensão do dinheiro é apenas uma "especulação forte", pois a movimentação de pessoas é intensa no local.
Colaboraram DANIEL CARVALHO e REYNALDO TUROLLO JR, de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário