Imagem:Internet/Reprodução |
Dois dias depois do seu discurso de despedida da Casa
Branca, onde exaltou
o “respeito aos imigrantes”, e uma semana antes de deixar o cargo de
presidente, o socialista Barack Obama encerrou nessa quinta-feira (12) a
chamada política do “pé molhado, pé seco” que garantia residência
aos fugitivos da ditadura socialista cubana que conseguiam pisar em
território americano sem visto. A mudança tem efeito imediato e foi feita
abruptamente para evitar que milhares de cubanos tentassem fugir da
ilha-prisão.
“De imediato, os cidadãos cubanos que tentarem entrar
ilegalmente nos EUA e não se qualificarem para ajuda humanitária estarão
sujeitos a remoção, de acordo com a lei americana e as prioridades de
execução”, afirma Obama no comunicado.
A mudança inclui um acordo com Havana para permitir o
retorno daqueles que quiserem deixar o território americano para regressar à
ilha. No comunicado divulgado pela Casa Branca, o governo americano explica que
Cuba se “compromete a receber esses imigrantes cubanos de volta”.
O fim dessa política foi considerado um “passo
importante” por Obama para reaproximar os dois países e atende aos
interesses da ditadura socialista de Cuba, a qual considerava a norma
o “principal estímulo para a imigração ilegal para os EUA”. Em nenhum
momento das negociações o governo Obama exigiu medidas como eleições
livres, respeito aos direitos humanos e liberdade de imprensa na
ilha-prisão socialista.
Desde o começo da reaproximação das relações
diplomáticas entre Washington e Havana, as travessias feitas por fugitivos
cubanos pelo mar rumo aos EUA dispararam pelo receio de que a política
fosse revertida. Em 2015, foram 43.159 cubanos, 78% a mais que em
2014; e em 2016, ao menos 63.000 cubanos entraram em território
norte-americano, a grande maioria por meio da fronteira com o México.
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