Apartamento
teria sido pago pelo departamento de propina da Odebrecht em 2010
Imagem:Internet/Reprodução |
Investigações do MPF-PR (Ministério Público Federal do
Paraná) apontam que o ex-presidente Lula, do PT, seria o verdadeiro
proprietário da cobertura número 121, do edifício Hill House, em São Bernado do
Campo, na região do ABC. O imóvel teria sido comprado, em 2010, com dinheiro do
"departamento de proprina da Odebrecht", de acordo com a revista Isto
é.
Lula e a família moram na cobertura 122 do mesmo
edifício, contígua ao imóvel investigado agora pelo MPF-PR. Oficialmente, a
outra cobertura é de propriedade do Glaucos da Costamarques, primo de José
Carlos Bumlai (pecuarista amigo de Lula preso em 2015 na Operação Lava Jato).
Segundo as informações publicadas pela revista sobre a
investigação, Costamarques é só um testa de ferro escolhido para encobrir o
verdadeiro dono e a origem dos recursos.
A cobertura pertencia a Elenice Silva Campos, mas, como
herança, havia sido repassado para sua neta Tatiana de Almeida Campos. Ao depor
este ano, Tatiana disse: “a Dra Lacier (sua advogada) veio me buscar para
assinar a venda da cobertura, o apartamento 121, para o Lula. Foi isso que ela
me falou no táxi, na ida para o cartório. Como eu confiava muito nela, somente
perguntei se estava tudo correto. Ela fez sinal de positivo e me disse onde
assinar. Eu não li nada. Simplesmente assinei, acreditando estar vendendo a
cobertura para o Lula”, disse Tatiana na PF. Na verdade, a transferência do
imóvel foi feita para Costamarques, o testa de ferro de Lula no negócio,
segundo o MPF. O imóvel foi vendido por R$ 504 mil.
Oficialmente tido como “dono” do apartamento,
Costamarques fechou, em fevereiro de 2011, um contrato fictício de aluguel com
Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente. O contrato foi
intermediado por Roberto Teixeira, advogado de Marisa, que convenceu
Costamarques a comprar o imóvel.
O MPF e a PF revelam na denúncia que os R$ 504 mil usados
por Costamarques para adquirir a cobertura em São Bernardo, cujo o real
proprietário é o ex-presidente, foram fruto de uma operação mais complexa do
que uma simples transferência de dinheiro para a compra de um apartamento.
Resultou de uma negociação envolvendo a celebração de oito contratos da
Odebrecht com a Petrobras, que renderam R$ 75,4 milhões para o PT e para Lula.
A ligação de Lula com a cobertura 121, no 11° andar do
edifício Hill House, começou logo que ele assumiu a Presidência. De 2003 a
2007, o PT disse ter pago o aluguel pela cobertura. A alegação era que Lula
precisava arquivar documentos da presidência e também para que os guardas da
segurança do Palácio do Planalto dormissem enquanto ele estivesse em São
Bernardo.
De 2008 a dezembro de 2010, o aluguel dessa cobertura
passou a ser feito pela Presidência. Em 2010, aconteceu a compra do imóvel pelo
testa de ferro e a celebração do contrato de aluguel em nome da mulher do
ex-presidente.
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