Resolução obriga Estado judeu a submeter-se à supervisão internacional
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU) aprovou por ampla maioria de votos uma resolução defendida pelas nações
árabes para que Israel desarme suas armas nucleares. O governo israelense
deverá colocar imediatamente suas instalações nucleares sob supervisão
internacional. Mais especificamente a Agência de Energia Atômica da ONU (AIEA).
Com 165 votos favoráveis – com 5
contrários e 18 abstenções – o documento aprovado defende que Israel é o único
país do Oriente Médio que não faz parte do tratado de não-proliferação de armas
nucleares. Por isso, Israel deve “aderir ao tratado sem demora, para que não
possa desenvolver, produzir, testar ou adquirir armas nucleares, devendo renunciar
à posse de armas atômicas”. Os EUA continuam sendo o maior aliado de Israel,
mas ficou nítido que isso não influencia outras nações.
A medida, apresentada pelo Egito,
reforça uma proposta árabe semelhante que não conseguiu ser aprovado na reunião
da AIEA em setembro. Israel criticou os países árabes por minarem o diálogo com
o Estado judeu nas arenas internacionais.
Curiosamente, a resolução da ONU é
intitulada “O risco de proliferação nuclear no Oriente Médio”, exigindo que a
região seja uma zona livre de armas nucleares. Em sua defesa, Israel mantém o
discurso de que um plano completo de paz entre palestinos e israelenses deve
preceder qualquer criação de uma zona livre de armas de destruição em massa.
Lembrou ainda que o programa nuclear iraniano é uma ameaça real, embora o Irã
negue, mas a cobrança da ONU em relação a eles é menos enfática.
A resolução das nações unidas
ocorre em um momento onde Israel sofre intensa pressão externa para o
reconhecimento da Palestina como Estado independente. O enfraquecimento de seu
poderio militar diante de tantas ameaças de guerra gera apreensão.
É crescente o número de embaixadas
e representações diplomáticas palestinas espalhadas pelo mundo. Em outubro, a
Suécia se juntou a Bulgária, Romênia, Polônia, República Tcheca e Hungria no
reconhecimento da Palestina. Os parlamentos do Reino Unido, Irlanda e Espanha
declararam ser a favor de fazer o mesmo. O Parlamento Europeu estuda um
possível reconhecimento para 2015.
Quando ainda sonhava com uma vaga
no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil havia reconhecido a Palestina em
2010, quando Lula era o presidente. Com informações de ABC News
Fonte: Gospel Prime
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