Eles
enfrentam muita dificuldade no país vizinho, mas não conseguem esquecer a
violência gerada pelos jihadistas
A agência EFE conversou com alguns dos refugiados que tentavam conseguir uma das bolsas de ajuda que estavam sendo distribuídas por uma igreja católica em Sad el Baochryeh com produtos não perecíveis.
Zena, que tem um filho, era uma dessas pessoas e apesar de toda a dificuldade em conseguir um emprego no Líbano, ela não pensa em voltar para sua terra.
“Meu filho e eu não encontramos trabalho e temos que viver da ajuda que nos dão, enquanto em Bagdá nada nos faltava”, disse ela.
Tomado por jihadistas, cristãos e yazidis não têm outra opção a não ser fugir. Muitas vezes não há chance nem de pegar seus pertences ou mantimentos por conta da fúria dos militantes do Estado Islâmico.
Assustados e sem esperança de que o Iraque voltará a ser como era antes dos ataques, os iraquianos refugiados no Líbano preferem não arriscar ao voltar para casa. “Quem nos assegura que não voltará a acontecer o mesmo. O que vivemos eu não desejo para ninguém”, disse Nauras, que fugiu de seu país com seus dois filhos.
A situação desses iraquianos é complicada, para o governo do Líbano eles são turistas, não refugiados. Isso garante um visto de apenas 15 dias que pode ser renovável, mas aqueles que tentam trabalhar acabam sendo expostos a leis severas, com risco de prisão.
Quem encontra trabalho fica com medo de ser preso ou repatriado ao Iraque. A igreja tem prestado um trabalho assistencial importante para esses refugiados, que além de alimento também recebe informações de como podem legalizar a situação no país e buscar trabalho.
Para o bispo caldeu de Beirute, monsenhor Miguel Kassargi, a maior preocupação com esses refugiados é garantir, além da ajuda humanitária, o atendimento médico e a escolarização das crianças.
O desafio da igreja é ajudá-los a pagar o aluguel dos novos alojamentos, diante da alta procura alguns libaneses estão tentando lucrar aumentando o valor dos aluguéis. Com informações Exame.
Fonte: Gospel Prime
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