Radio Evangélica

sábado, 24 de maio de 2014

PP, PMDB, PSD, PR… Fatias de partidos da base aliada começam a abandonar Dilma Rousseff


No papel e no horário eleitoral, por enquanto ao menos, a presidente Dilma Rousseff dispõe de um latifúndio. Na prática, como diria aquele, é “menas verdade”. O tucano Aécio Neves esteve neste sábado em Porto Alegre para o pré-lançamento da candidatura da senadora Ana Amélia (PP) ao governo do Rio Grande do Sul. Embora o partido da senadora, oficialmente, faça parte da base aliada a Dilma, PP, PSDB e Solidariedade (SDD) gaúchos estarão juntos na disputa local e na nacional. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa.
Segundo a última pesquisa Ibope, o governador Tarso Genro (PT), que concorre à reeleição, tem 31% das intenções de voto, contra 38% de Ana Amélia. O PP, um dos partidos mais bem estruturados do Rio Grande do Sul — conta 136 das 497 Prefeituras —, tinha pouco mais de um minuto de tempo de TV. Com o apoio das duas legendas de oposição, ganhará quase quatro minutos a mais. Para o senador tucano, o apoio é importantíssimo: o PSDB tem apenas um deputado federal do estado e 21 prefeituras.

Aezão
No Rio, será lançado no dia 5, informou o Globo, o “Movimento Aezão”, composto de fatias do PMDB e de partidos da base aliada ao governo do Rio que aderiram à campanha de Aécio Neves à Presidência. Além de peemedebistas, estarão presentes representantes do PP, do PSD (que já anunciou apoio a Dilma) e do PPS (que está com Eduardo Campos). O evento foi anunciando anteontem pelo próprio Aécio: “Vamos reunir centenas de lideranças políticas, prefeitos, deputados; esses partidos vão reunir suas bases. Eu diria que é realmente o start da nossa campanha no Rio. É a nossa grande largada”.
Oficialmente, Pezão apoia a reeleição da presidente. Indagado se convidaria o governador para o encontro, respondeu o tucano: “Pezão é o anfitrião não desse ato, mas do Rio. Esse conjunto de partidos, pelo menos uma parte importante deles, apoia o Pezão. É um movimento de apoio à nossa candidatura e à do Pezão”.

Dissidências
O Planalto está preocupado com as dissidências. A resposta a esse tipo de movimento é sempre muito difícil. Se o partido se deliga da base e passa a apoiar um candidato adversário, a reação é a óbvia: cortam-se os cargos e pronto, e a legenda passa para ao campo adversário. Sem o rompimento formal, não há muito o que fazer. Se o Planalto decide endurecer, a coisa pode piorar.
Nas três últimas eleições presidenciais, o PSDB é que via aliados seus se desgarrando e indo para o campo adversário; o PT, ao contrário, só recebia adesões. Hoje, a situação é inversa. Antes dado como certo, o apoio do PR à reeleição de Dilma também é considerado incerto pelo Planalto.

Por Reinaldo Azevedo

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