Ministro
da Economia, Paulo Guedes, é o primeiro convidado da comissão e será ouvido
nesta quarta-feira
A
oposição pediu pelo menos 15 audiências para discutir outros pontos do texto.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados |
A comissão especial da
reforma da Previdência (PEC 6/19) aprovou nesta terça-feira (7) 119
requerimentos entre audiências públicas em Brasília, seminários nos estados e
informações para subsidiar os trabalhos da comissão.
O convite para a vinda do
ministro da Economia, Paulo Guedes, e membros da equipe da pasta, prevista para
esta quarta-feira (8) estava em vários dos requerimentos.
Para o presidente da
comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), Guedes deve focar sua fala em
explicar a importância da reforma e deixar o debate político ser feito pelos
parlamentares. “Se em todos os momentos ele sair dessa armadilha de sair para
um debate político e se concentrar em explicar a proposta com a convicção que
ele tem sobre ela, acho que a gente consegue levar a audiência a bom termo”,
disse. Ramos espera que a reunião com Guedes na comissão especial seja menos
tumultuada que a da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em 3 de abril.
Pelo cronograma
do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), serão três audiências por
semana ao longo de todo o mês de maio.
Audiências públicas da comissão especial em maio
Dia
|
Tema
|
08
|
Apresentação
geral da proposta
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09
|
Orçamento e
financiamento da Previdência Social
|
14
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Regime Próprio
de Previdência Social da União, dos estados e dos municípios
|
15
|
Regime Geral de
Previdência Social
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16
|
Categorias com
critérios diferenciados de aposentadoria
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21
|
Aposentadoria da
pessoa submetida a condições prejudiciais à saúde, da pessoa com deficiência
e aposentadoria por invalidez
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22
|
Aposentadoria
das mulheres
|
23
|
Aposentadoria do
trabalhador rural
|
28
|
Benefício da
Prestação Continuada (BPC) e abono salarial
|
29
|
Regime de
capitalização e avaliação atuarial
|
A oposição pediu pelo menos
15 audiências para discutir outros pontos do texto no plano de trabalho, como a
desconstitucionalização. A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), lembrou que a proposta da reforma de Previdência do governo Temer
(PEC 287/16) levou três meses de debate na comissão especial. “Precisamos
aprofundar os debates. O setor produtivo tem de dizer se é a reforma que vai
resolver o emprego no Brasil”, disse, ao defender seminários nos estados para
debater o texto. Foram aprovados seminários em estados de todas as regiões. O
setor produtivo tem de dizer se é a reforma que vai resolver o emprego no
Brasil.
Para Moreira, porém, muitos
dos temas propostos podem ser encaixados no cronograma apresentado e mais
audiências podem ser discutidas nas próximas reuniões do colegiado.
“Nós podemos incluir,
inclusive, uma ou outra coisa que eles pediram dentro dessas audiências. Mas
também não é nada absurdo aumentar uma audiência a mais. Não será o problema.
Eu vou estudar”, afirmou Moreira.
Para o relator, ainda é cedo
definir se haverá necessidade de mais audiências para discutir a reforma.
Moreira falou que seria interessante mais debate sobre outras fontes de receita
para dar sustentabilidade ao sistema previdenciário, como foi sugerido pelo
deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Moreira tem o prazo de 40
sessões do Plenário da Câmara dos Deputados para apresentar seu relatório.
Outros
convidados
Cinco ex-ministros da previdência dos governos do PT (Carlos Gabas, José Pimentel, Luiz Marinho, Nelson Machado e Ricardo Berzoini) foram convidados para as audiências. Também foram chamados para o debate especialistas em economia e direito previdenciário, além de entidades de classe e centrais sindicais.
Agência Câmara
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