Em Croatá, distrito do município de São Gonçalo do
Amarante, no Ceará, está sendo construída a primeira smart city social do
Brasil, uma cidade inteligente que atenderá área com forte déficit habitacional
e de outros serviços. Será o primeiro protótipo real de uma cidade inteligente
para população de baixa renda. Lotes residenciais custam a partir de R$
24.300,00, que podem ser pagos em 120 vezes, corrigidos pelo INCC e, após a
entrega, pelo IGPM.
A nova cidade se chama Croatá Laguna Ecopark e é uma
iniciativa conjunta de duas organizações italianas, Planeta Idea e SocialFare –
Centro para Inovação Social, com a StarTAU, Centro de Empreendedorismo da
Universidade de Tel Aviv, que compartilham esforços para gerar impacto social e
tecnológico, e outras três empresas privadas israelenses: Magos, fabricante de
radares para segurança, GreenIQ,
sistema que controla a irrigação com base na previsão do tempo, economizando
até 50% de água, e Pixtier,
plataforma em nuvem que fornece mapas em 3D, permitindo planejamento e
gerenciamento eficientes das cidades.
Em sua primeira fase, a cidade contará com espaço residencial
para 150 casas, além de um porto (que até 2025 deve ser o segundo maior do
Brasil!) e áreas destinadas ao lazer, comércio, serviços públicos e indústria.
Entre outros benefícios, o empreendimento terá:
– corredores verdes ao longo de toda a cidade;
– ciclovias de ponta a ponta do município;
– tratamento de águas residuais;
– aproveitamento de águas pluviais;
– coleta inteligente de resíduos;
– produção de energia solar e eólica;
– praças com equipamentos esportivos que geram energia por meio dos movimentos
dos cidadãos;
– monitoramento da qualidade do ar e da água;
– redes inteligentes de eletricidade e água;
– iluminação pública inteligente;
– aplicativos para serviços de mobilidade compartilhada – como carros, motos e
bikes;
– hortas compartilhadas espalhadas por toda a cidade;
– infraestrutura digital com wi-fi grátis para todos os moradores.
A tecnologia também oferecerá ajuda para desenvolver
programas sociais, como cursos de prevenção médica, nutrição, alfabetização
digital e hortas compartilhadas.
A ideia da smart city social insere-se em um contexto
internacional que identifica, sobretudo nos países emergentes, dois fenômenos:
1) os fluxos migratórios dos campos levarão a população que vive nas cidades
dos atuais 50% a um percentual de 80% nos próximos 25 anos; 2) 27% da população
mundial têm menos de 15 anos. Isso quer dizer que, nos próximos anos, essas
pessoas entrarão para o mercado de trabalho e precisarão de casas e serviços.
“Essa tipologia de cidade nasce para gerir de forma ordenada tais fluxos com
serviços inovadores”, disse Gianni Savio, diretor geral da Planet Idea, à
revista Comunità
Italiana.
Os seis pilares da smart city social são: planejamento
urbano e organização, arquitetura além das regras tradicionais da habitação
social, tecnologia dedicada, mobilidade inteligente, vida comunitária, energia
limpa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário