Imagem da carta enviada pelo presidente
da Indonésia a Dilma Rousseff (Foto: Reprodução)
Em carta enviada a Dilma Rousseff, o presidente da Indonésia, Joko
Widodo, afirmou que tráfico de drogas ilícitas é considerado um crime “grave”
pela legislação daquele país devido ao impacto “destrutivo” causado na
sociedade. O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado a pena de morte
pelo crime, foi fuzilado neste
sábado(17).
A carta de Joko Widodo, obtida pela TV Globo, foi enviada nesta
sexta-feira (16) a Dilma Rousseff como resposta aos pedidos de
clemência feitos pelo governo brasileiro para que Marco Archer
e Rodrigo Gularte – outro brasileiro preso no país por tráfico de drogas –
fossem poupados da pena de morte.
“Gostaria de sublinhar que, de acordo com a lei indonésia, o tráfico de
drogas ilícitas inflige um crime grave devido ao seu impacto destrutivo para a
sociedade e para o desenvolvimento da nação”, afirmou o presidente em carta
O presidente destacou que entre 40 e 50 pessoas morrem diariamente
devido ao uso abusivo de drogas e que 4,5 milhões de indonésios estão
atualmente passando por reabilitação. “Enquanto outras 1,2 milhão de pessoas
ainda estão presas no vício da droga”, completou.
Widodo destacou que os réus tiveram direito a defesa e que todo o
processo legal foi cumprido. “O governo da Indonésia assegurou que o processo
legal fosse integralmente aplicado em seus casos e todos os seus recursos
legais disponíveis foram empreendidos, de acordo com o sistema legal
indonésio”, disse.
O governante disse ainda que a relação bilateral entre Brasil e
Indonésia continuará se fortalecendo nos próximos anos e afirmou estar
“totalmente comprometido” em ampliar a relação cordial dos países e aproximar a
colaboração em “áreas de mútuo benefício e interesse”.
Após a confirmação do fuzilamento de Marco Archer neste sábado, o
Palácio do Planalto informou que Dilma Rousseff está “consternada
e indignada” com a morte e chamou para consultas o embaixador
brasileiro em Jacarta – o que, na diplomacia, representa um agravo ao outro
país.
O Itamaraty entregou
uma nota à embaixada da Indonésia no Brasil na qual expressa
“profunda inconformidade” com a execução. O ministério voltou a dizer que o
cumprimento da sentença de morte representa uma “sombra” nas relações entre os
países.
Fonte: Polemica Paraíba
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