Radio Evangélica

sábado, 23 de março de 2013

A sentença diferente



E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. (João 8.7)
Jesus estava no templo, quando aqueles escribas e fariseus trouxeram a pobre mulher, apanhada em flagrante de adultério. A lei mosaica em sua austeridade ordenava que, em tal caso se aplicasse a pena inexorável, o apedrejamento em público. Entretanto, aqueles homens impiedosos, para terem do que acusar a Jesus, perguntaram-lhe que pensava sobre o assunto.
Inclinando-se, o mestre começa a escrever na terra. Há uma insistência deliberada na pergunta e Jesus levantando-se, dirigindo-se aos acusadores incendiários, desafia-os, respondendo –“Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire a pedra...”.
Depois inclinou-se novamente, tornou Jesus a escrever na terra. Inicia-se a retirada dos adversários gratuitos. Primeiro o mais idoso. Ate o mais jovem. Ficou, então, somente Jesus, na companhia daquela pecadora.
-“Mulher”, perguntou-lhe o mestre amável, “onde estão os teus implacáveis acusadores”? Ninguém te condenou?
-“Ninguém Senhor, ninguém”, respondeu a infeliz.
Na cabeça daquela mulher, naquele instante eterno tumultuam duvidas, temores, conflitos. Qual seria a sentença do homem que não conhecera o pecado, do verdadeiro justo? E o mestre, então, fitando mais uma vez, aquela decaída, quebra o longo silencio para dizer:
-“Nem eu também te condeno; vai e não peques mais”.
Comovo-me, não sei por quê, ao ler as palavras que integram o relato de João, guardadas no capítulo 8do seu evangelho. Percebe-se claramente o fulgor do ensino de Cristo em contaste com a prática inclemente daqueles evocadores oportunistas da lei da tradição. Queriam condenar aquela mulher pecadora, mas não tinham condições morais para atirar a primeira pedra.
A lição do Senhor Jesus é profunda. Ainda não conseguimos penetrar-lhe a essência. Porque, a mais leve suspeita a mais leve dúvida na conduta de nosso próximo, estamos a colocar em prática o azorrague da nossa condenação.
Hoje, não matamos os culpados a pedradas, mas lhe damos o ostracismo, a marginalização social. Dizemos, pelo nosso modo cego de proceder: “o mal que fizestes é imperdoável...” E damos um bom empurrão na estada do abismo às pobres vitimas das fraquezas humanas, que mereciam um pouquinho mais de amor, só um pouquinho mais de espírito de perdão.
Que isso e que palavras de bálsamo àqueles que, em suas deploradas fraquezas, perderam as bênçãos do verdadeiro caminho e que precisam voltar. E que lembrança aos que condenam e acusam sem amor. E quem poderia atirar a primeira pedra? Quem? E como?

Esse texto foi extraído da pagina n° 22 do livro: Devocional dia a dia com Deus.
Editora DCL com distribuição exclusiva pela Mundial Editora.
Autor: Pastor Claudemir Pedroso da Silva

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