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O chefe do principal hospital da cidade chinesa de Wuhan,
epicentro do surto de coronavírus, morreu por causa da doença nesta
terça-feira, enquanto a epidemia impactava no desempenho das bolsas de valores
de todo o mundo.
A televisão estatal chinesa disse que Liu Zhiming,
diretor do Hospital Wuhan Wuchang, morreu às 10h30 (horário local), tornando-se
o sétimo trabalhador da área de saúde a morrer por causa da doença. O hospital
foi designado para tratar somente pacientes infectados pelo vírus.
O número de novos casos de infecção pelo novo coronavírus
na China continental ficou abaixo de 2 mil pela primeira vez desde janeiro, mas
o vírus ainda está longe de estar contido.
O número total de mortos na China saltou para 1.868,
disse a Comissão Nacional de Saúde. Houve 1.886 novos casos confirmados,
levando o total para 72.436.
O isolamento de cidades adotado pela China e duras
restrições sobre viagens e movimentações limitaram a disseminação do vírus fora
do epicentro, mas a um grande custo para a economia e para os negócios globais.
Dezenas de feiras comerciais e conferências industriais
foram adiadas por causa das restrições às viagens e preocupações com a
disseminação do vírus, potencialmente impedindo a concretização de bilhões de
dólares em acordos.
A Apple tornou-se a última companhia a alertar para
problemas, afirmando que não cumprirá sua meta de receita para o trimestre que
se encerrará em março devido à queda na produção do iPhone e à menor demanda na
China.
As bolsas de valores da Ásia registraram quedas e as
ações em Nova York devem recuar dos níveis recordes recentes nesta terça por
causa dessa notícia.
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse que a
economia do país está em situação de emergência e necessita de estímulo, já que
a epidemia impactou a demanda por bens sul-coreanos.
Cingapura anunciou um pacote financeiro de 4,5 bilhões de
dólares para ajudar a conter o surto na cidade-Estado e amenizar o impacto
econômico.
Em Hong Kong, a líder do território, Carrie Lam, disse
que o governo local vai aumentar a ajuda para lidar com o surto para 28 bilhões
de dólares de Hong Kong (3,6 bilhões de dólares), ante 25 bilhões de dólares de
Hong King, enquanto o território se esforça para amenizar o impacto econômico
no território comandado pela China.
Fonte: REUTES
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