Radio Evangélica

domingo, 5 de abril de 2015

Deputados expõem pontos de vista sobre redução da maioridade penal


Uma das principais pautas da semana foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna admissível a redução da maioridade penal para os 16 anos, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, em Brasília. Dos 12 deputados paraibanos, nove votaram à favor da proposta, dois foram contra e um (o deputado Aguinaldo Ribeiro) se absteve.
Com a repercussão do assunto, os parlamentares se posicionaram, em entrevistas, releases enviados à imprensa ou mesmo postando em redes sociais, justificando suas posturas diante da pauta.
Para o deputado Efraim Filho (DEM), reduzir a maioridade penal significa dar responsabilidade a quem tem capacidade para assumi-la. "Se o jovem de 16 anos pode votar e eleger o presidente, pode casar e constituir família, abrir uma empresa e gerir seu próprio negócio, pode e deve responder por eventuais crimes que cometer. Não podemos ter uma legislação que signifique certeza de impunidade para o jovem delinquente", disse.
O entendimento foi o mesmo para o deputado Pedro Cunha Lima, que afirmou ser a favor da redução da maioridade penal, mesmo levando em consideração os argumentos de que isto não reabilitaria os presos. “Entendo que a redução não enfrenta o problema em sua raiz, não enfrenta a principal causa dessa triste realidade, mas não posso deixar de reconhecer que o adolescente tem sido tratado como inimputável e essa mensagem tem gerado sentimento de impunidade e isso só facilita o crime", argumentou.
Mesmo sendo adversários políticos em Campina Grande, Pedro Cunha Lima e Veneziano Vital são consonantes quanto se trata deste tema. O ex-prefeito se posicionou favoravelmente à admissibilidade da proposta que prevê a diminuição da maioridade penal, de 18 anos para 16 anos. "É matéria Constitucional”, postou nas redes sociais.
Do outro lado do debate estão os deputados Damião Feliciano (PDT) e Luiz Couto (PT), este último bastante ligado às comissões de direitos humanos. Couto utiliza pesquisas do Ministério da Justiça para afirmar que "menores com idades entre 16 e 18 anos são responsáveis por 0,9% dos crimes no Brasil. Se considerados apenas homicídios e tentativas de homicídios, esse índice cai para 0,5%”. Ampliando a área de atuação, ele diz, ainda, que em países como os Estados Unidos, "a experiência da aplicação das penas previstas para adultos em adolescentes foi mal sucedida e teria resultado no agravamento da violência".
Já Damião Feliciano diz que é contra a redução porque isso pode colocar menores em presídios e defende que haja mais investimentos em educação para que possibilite oportunidades aos adolescentes.


Fonte: Parlamentopb

Com informações do Sistema Correio


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