O Brasil dificilmente será um
País desenvolvido, se depender da mentalidade brasileira será um eterno País
continental, repleto de riquezas, mas com um povo pobre. Muitos podem falar que
a culpa é dos políticos, até concordo. Mas será mesmo que esse é o problema?
Fazendo uma pequena análise em
relação ao que vejo no dia a dia:
Temos um povo que fala do
desemprego, mas ao conseguirem o emprego passam a enxergar o patrão como
“opressor” que quer enricar “às custas do seu trabalho” e ainda falam que o
patrão não trabalha. É um tipo de empregado que não tem amor nenhum pelo
trabalho, o único compromisso que tem é com o salário, mesmo sabendo que isso é
um direito seu e que independente de desempenhar um bom trabalho ou não . Mas onde fica o profissionalismo? É normal
ouvir alguém falar que escolhe uma profissão pelo simples fato dessa lhe
proporcionar uma boa renumeração e não a realização profissional. Não se
preocupam na qualidade do seu trabalho. Procuram fazer o serviço com qualidade
em muitas vezes para agradar o patrão e não ser demitido. E sempre critica um colega
de profissão que é mais competente e ama o que faz e quer ver a empresa que trabalha
desenvolver, para que o seu emprego seja mantido com a empresa tendo lucro e
como consequência ajudar o País e o profissional se sente realizado e
satisfeito.
Outro grande problema que
vemos em nosso País é que a maioria da população tem como meta principal ser
funcionário público (principalmente concursado), pergunta-se: Será que é para
servir ao publico com qualidade? Na maioria das vezes não. O que
verdadeiramente quer é ter um emprego que pague muito bem, repleto de regalias,
onde tudo é bancado pela população e não se preocupa em prestar um bom serviço.
Lembrando que o povo é seu verdadeiro patrão. Mas o objetivo principal não é só
o alto salário, nem as regalias e sim a estabilidade no emprego, onde a
demissão é praticamente impossível, independente de sua produção e o modo
de como atende a população, sempre tem uma “brecha na lei” que defende essas
pessoas, principalmente os que trabalham errado.
Quando conseguem seu objetivo
passam a mostrar o quanto são incoerentes: geralmente reclamam dos altos
impostos que pagamos e até concordam quando se fala em diminuir os impostos,
mas quando sabem que diminuição de impostos é sinônimo de diminuição da máquina
pública já recuam e falam que preferem da maneira que está para não “colocar em
risco” seus empregos. E ainda por cima são os mesmos que pedem mais impostos,
isso mesmo, pedem que a carga tributária continue alta e jamais seja reduzida,
se possível pode aumentar, fazem isso quando vão as ruas pedir mais direitos
para a “classe trabalhadora” e sempre se gabam falando que estão lutando para
defender a mesma. Não tem a mínima decência de falar que defendem sim suas
regalias e usam a população como escudo, falam quanto maior a máquina pública
melhor para a população, alegam que temos um povo pobre e não tem como pagar
por serviços privados, concordo, mas enquanto o Brasil for essa Republica
sindicalista a população vai continuar sendo pobre e sustentando as regalias
dos políticos e dos funcionários públicos.
Falam que querem lutar para
manterem seus empregos, mas por qualquer coisa procuram a justiça para
processarem seus chefes imediatos sempre com a esperança de uma indenização. Na
verdade, lutam para terem o direito, se é que podemos chamar isso de direito,
de processarem seus chefes e suas repartições e não serem demitidos.
Deixo uma dica para esse povo:
a melhor forma que tem de manter o emprego é trabalhando e não fazendo
“movimentos nas ruas” com faixas e usando a “classe trabalhadora” como escudo
para defender seus interesses particulares.
E a coisa piora quando vemos a
situação dos funcionários públicos que
são concursados e tem um cargo de confiança e outros os demais que são
prestadores de serviços (não concursados), geralmente estão no cargo não por
competência e sim por indicação política, infelizmente esses são tratados como
mercadorias e até mesmo como verdadeiras máquinas de voto, onde são forçados a
participarem de convenções partidárias e de comícios, caso não participem tem
seus cargos/empregados ameaçados e além de tudo são forçados a serem cabos
eleitorais, mas se submetem a isso sem problema e acham que estão fazendo uma
grande coisa.
Para piorar a situação é comum
ver vários funcionários tanto públicos quanto privados reclamando dos seus
empregos pelo simples fato de terem que cumprirem horário. Fica a pergunta:
quer fazer o que da vida?
Interessante também é nesse
meio todo o quanto é distorcido o conceito de luta. Para os tais
“representantes dos trabalhadores” tem um conceito totalmente distorcido, onde
para os mesmos luta é fazer movimentos, fechar ruas, resumindo, fazer badernas.
Quem levanta cedo para trabalhar e cumprir seu horário não é lutador e se falar
que gosta de trabalhar é intitulado de escravo do sistema.
Em resumo ninguém pensa mesmo no
que é melhor para o País, e sim o melhor para si e tudo as custas da população,
tem seus belos discursos, mas não passam de hipócritas, falam sempre em diretos
e nunca nos deveres que devem cumprir.
Enquanto tivermos com essa
mentalidade, o Brasil jamais será um País desenvolvido.
Joabson João
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