Imagem: Internet/Reprodução |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a
líderes árabes e islâmicos que combatam o “extremismo islâmico” durante um
discurso neste domingo no qual fez um apelo enfático para que
"expulsem" os terroristas, enquanto amenizou sua própria retórica
dura sobre os muçulmanos.
Trump destacou o Irã como uma fonte-chave de
financiamento e apoio a grupos militantes. Suas palavras alinharam-se com o
ponto de vista de seus anfitriões da Arábia Saudita e enviaram uma mensagem
difícil a Teerã no dia seguinte à vitória de Hassan Rouhani a um segundo
mandato como presidente do país.
O presidente dos Estados Unidos não usou o termo
"terrorismo islâmico radical", um sinal de que decidiu empregar um
tom mais moderado na região depois de usar a frase repetidamente à época em que
era candidato presidencial.
"O terrorismo se espalhou por todo o mundo. Mas o
caminho para a paz começa aqui, neste solo antigo, nesta terra sagrada",
disse Trump a líderes de dezenas de países de maioria muçulmana que representam
mais de 1 bilhão de pessoas.
"Um futuro melhor só é possível se suas nações
expulsarem os terroristas e expulsarem os extremistas. Retirem-os de seus
lugares de peregrinação, expulsem-os de suas comunidades, expulsem-os da sua
terra sagrada e retirem-os desta terra", afirmou.
O primeiro discurso de Trump no exterior proporcionou uma
oportunidade de demonstrar sua força e determinação, em contraste com a luta
para conter um escândalo gigantesco em casa após a saída do ex-diretor do FBI
James Comey, há quase duas semanas.
Com um tom enérgico, ele deixou claro que Washington
seria parceiro do Oriente Médio, mas esperava mais ação em troca.
"Ainda há muito trabalho a fazer. Isso significa
enfrentar honestamente a crise do extremismo islâmico... o terror islâmico de
todos os tipos", disse em seu discurso.
O discurso é parte de um esforço para restabelecer laços
com o mundo islâmico após Trump ter atacado frequentemente os muçulmanos
durante a campanha eleitoral no ano passado e ter tentado barrar a entrada
deles aos EUA.
Lutando para conter um crescente escândalo político em
casa, Trump iniciou sua primeira viagem ao exterior pela Arábia Saudita.
Trump teve uma recepção calorosa dos líderes árabes, que
ignoraram sua retórica de campanha sobre muçulmanos e focaram em seu desejo de
reprimir a influência do Irã na região, um compromisso que esperavam do
ex-presidente Barack Obama.
Os EUA e os países do Golfo concordaram neste domingo em
coordenar seus esforços contra o financiamento de grupos terroristas, um
objetivo essencial para a Casa Branca.
O presidente também convocou o Conselho de Cooperação do
Golfo, composto por seis países, como parte de seus esforços para conter o Irã
com uma força árabe aos moldes da Otan.
Trump e os líderes estabelecerão um centro com o objetivo
de reprimir a capacidade de militantes islâmicos de disseminar sua mensagem.
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