Vivemos num mundo onde tudo parece transitório, como bem
observou Fernando Pessoa, um mundo “trans”. Nada parece ter forma fixa. Tudo
parece fluído, em constante transformação. “Trans” virou sufixo constantemente
usado para criar novas palavras. Temos não apenas os transexuais, mas também os
transespecistas, estes são os que teoricamente transitam entre diferentes
espécies. Temos o exemplo de uma jovem que acredita ser uma gata, ou o do
brasileiro que alega ser um “sereio”. Há até os “transplanetários”, cujo
exemplo recente é o do americano que gastou mais de R$ 150 mil para se parecer
um ET. Além destes, temos agora mais uma palavra “trans” no vocabulário, os
transraciais, que são os indivíduos que optam por pertencer a uma raça
diferente de sua ancestralidade genética.
A questão dos transraciais foi levantada por Rachel
Dolezal. Professora universitária de estudos africanos nos EUA, ela se
apresentava como negra e liderava movimentos pela causa dos afrodescendentes.
Com cabelos bem encaracolados e pele bronzeada, apesar dos olhos verdes, ela
passava facilmente como tendo ancestralidade negra. Rachel inclusive chegou a
apresentar um homem negro como sendo seu pai. Contudo, em 2015 seus verdadeiros
pais vieram à mídia dizer que era tudo mentira. Rachel não tinha sangue negro.
Era descendente de europeus alemães e tchecos. Fotos de sua juventude foram a
público, e o que vemos é uma jovem de pele clara e lisos cabelos loiros.
Revelada a verdade, a polêmica teve repercussões globais. Rachel perdeu seu
emprego e seu cargo na liderança de um movimento negro. Agora ela afirma que
está tendo dificuldades para voltar ao mercado de trabalho. Não é por menos, um
caso assim mancha a biografia de qualquer um.
Esta semana Raquel Dolezal voltou a aparecer nos jornais.
Ela diz ser uma transracial, ou seja, alguém que nasceu numa raça – no caso, a
branca – mas optou ser de outra raça – a negra – porque não se identifica
psicológica e socialmente como uma branca. Para Rachel o conceito de raça não é
biológico, mas social. Portanto, uma pessoa pode mudar de raça ao longo da
vida. O paralelo aqui com o argumento dos transexuais fica óbvio, como bem
destaca a própria Rachel: “Eu acredito que a palavra transracial se tornou
socialmente útil para se descrever a fluidez e a identidade racial. Eu acho a
comparação útil – o gênero é compreendido, a discussão progrediu, evoluiu, as
pessoas entenderam que gênero não é binário, não é nem mesmo biológico. A raça
também não é um fator biológico – na verdade, a raça é ainda menos biológica do
que o próprio gênero, se você pensar na história e nos nossos corpos.”
É evidente que o argumento é falho em sua origem pelo
mesmo motivo que a Ideologia de Gênero é fundamentada numa mentira, ou seja,
que o sexo é social, não biológico. E para sustentar uma mentira inventaram o
conceito de gênero em oposição ao conceito de sexo. Mas a biologia não mente.
Em cada célula do corpo o DNA prova que a diferença entre homem e mulher é
fundamentada na biologia. O sujeito que nasceu homem pode depois achar que é mulher,
mas isso não muda seu DNA. Alguém pode achar igualmente que é um gato, um
cachorro ou até espécies imaginárias, como sereia e ET. A crença individual não
muda os fatos objetivos da vida: a genética não muda por vontade do indivíduo.
A realidade se impõe. A pós-modernidade, contudo, vive a brigar contra a
realidade, inventando nessa batalha realidades paralelas, fictícias. Parecem
odiar a realidade. Alguém pode se sentir um urso, mas isso não o fará hibernar.
Alguém pode querer voar, mas isso não transformará seus braços em asas. Uma
mulher pode querer ser homem, mas a pura vontade não fará seu corpo produzir
esperma.
Pessoas devem ser reconhecidas por seus atos, não por sua
raça ou sexo. A militância, contudo, faz com que o centro de gravidade da vida
se volte para o sexo e para a raça. Isto é que faz a militância feminista, a
militância gay, o movimento negro e até a militância da supremacia branca.
Todas essas militâncias reduzem o ser humano. Uma pessoa nasce negra ou branca,
mulher ou homem. Estes não são fatores de orgulho, nem devem orientar a vida.
Os negros conquistaram sua liberdade, as mulheres seus direitos. O movimento
negro e o feminista, portanto, se esvaziaram. Cumpriram seu papel histórico e
não são mais necessários.
O conceito de transracialismo, pensando bem, é bem menos
fascista do que as políticas de cotas raciais que herdamos da era PT. Com as
cotas em vestibulares e concursos, muitos brancos passaram a se declarar negros
para ter acesso ao privilégio da cota. Para evitar isso, comitês foram criados
para avaliar se o sujeito é mesmo negro. Temos aqui um sistema nazista. Num
país tão miscigenado como definir quem é negro ou não? E um mulato, concorre à
cota apenas pela sua metade negra? E sua metade branca não ganha a cota? E
alguém que aparenta ser branco, mas possui um bom percentual de ancestralidade
negra, ganha a cota? Muito mais simples e menos fascista é o conceito de Raquel
Dolezal de transracialidade. Se o individuo se considera negro, que assim seja
para questões de cota racial. Engano meu, cotas raciais, transracialidade,
ideologia de gênero, feminismo e tantas outras invenções pós-modernas são
baseadas em erros e mentiras, em radicalismos políticos; são frutos de um tempo
que perdeu a conexão com a realidade concreta.
(Professora acredita ser uma TransRacial – Sobre o autor:
Antonio Pinho é mestre, bacharel e licenciado em Letras pela UFSC, e atua como
professor e escritor – 31/03/2017 – publicado pelo Instituto Liberal)
(ap. Ely Silmar Vidal – skype: siscompar – fones:
041-41-99820-9599 (TIM) – 021-41-99821-2381 (CLARO e WhatsApp) –
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